Concerto especial celebra 100 anos da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto

Evento ocorreu na praça Carlos Gomes, onde ficava o prédio do extinto Teatro Carlos Gomes

Foto: Guilherme Sircili

O aniversário de 100 anos da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto foi comemorado com um concerto histórico no começo da noite do último sábado, dia 29 de outubro, na Praça Carlos Gomes, sob regência do maestro titular Reginaldo Nascimento.

O palco que recebeu a orquestra e coro foi montado no mesmo local onde foi construído, em 1897, o antigo Teatro Carlos Gomes e teve, ao fundo, a fachada do teatro onde a orquestra estreou há um século. “Tentamos recriar o cenário para evocar uma atmosfera de época que muitos conhecem pelos livros”, comenta o arquiteto Silvio Contart, presidente da Associação Musical de Ribeirão Preto. O Teatro Carlos Gomes funcionou até 1944 e foi o primeiro grande teatro da cidade, onde foram realizados os primeiros de muitos concertos.

O evento de celebração também contou com a presença do prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira; do embaixador da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, o empresário Maurilio Biagi Filho, além do presidente da Fundação Dom Pedro II, Nicanor Lopes.

“É uma noite extremamente especial para todos, nós ribeirão-pretanos. Estamos celebrando a arte da nossa cidade, 100 anos se passaram após a fundação da nossa orquestra, estamos todos contemporâneos desse momento para celebrar esta data. Quero dizer da minha alegria, neste momento, de estar prefeito de Ribeirão Preto, no centenário dessa celebração. Estamos trabalhando muito para que nossa cidade possa ter na cultura, na educação, no bem-estar e na geração de oportunidades para todos a chance de vivenciar dias melhores”, discursou o chefe do Executivo.

Programa musical

Durante o concerto, o maestro Reginaldo Nascimento selecionou um programa com várias homenagens. A abertura da ópera foi com “O Guarany”, uma homenagem ao compositor Carlos Gomes e ao teatro de mesmo nome. Obras do cravinhense Homero Barreto e do italiano Ignazio Stabile, que dirigiu a Sinfônica, também foram escolhidas na celebração do centenário da Orquestra.

O Hino da Independência e a 9ª Sinfonia de Beethoven foram escolhidos como homenagem ao Bicentenário da Independência do Brasil. E a Semana de Arte Moderna de 1922 foi homenageada com o compositor Villa-Lobos, nome de destaque no movimento Modernista brasileiro.