Os dois homens fortes do Comercial FC, o presidente Ademir Chiari e o diretor José Lourenço seguem o trabalho pelo clube. Após desabafo no último sábado, dirigentes ressaltam que a luta vai continuar.

No calor da emoção pós derrota em casa para o Noroeste por 2×0 em casa, somada a cobrança exercida por alguns torcedores que queriam conversar com atletas e comissão técnica, Chiari chegou a desabafar dizendo que talvez fosse melhor renunciar para que outros pudessem administrar, e ainda, deixando transparecer que outros membros da diretoria poderiam seguir a mesma linha.

Passadas 48 horas, analisando com mais tranquilidade, a diretoria decidiu esclarecer que foi coisa de momento e que jamais abandonarão o Leão do Norte dessa forma, seguindo o senso da responsabilidade e seriedade com que sempre trataram os assuntos do clube.

O Comercial está na 7ª colocação, com 04 pontos ganhos, o que significa que se a fase classificatória terminasse hoje, o time estaria classificado para as quartas de final, o que não justifica, neste momento, uma reação tão forte da torcida.

O Comercial jogou bem contra o Noroeste, principalmente no segundo tempo, criou boas chances de gols e poderia até ter revertido o placar, porém pecou nas finalizações. Isso sem contar que o adversário é um dos favoritos ao acesso e conta com a dupla de irmãos Alecsandro e Richarlisson, que apesar de veteranos, ainda decidem jogos.

Outro fato importante é que o clube passa por momentos difíceis, sem receita, em meio a pandemia que atrapalha o futebol de forma geral, o desgaste é enorme, mesmo assim a diretoria, que é honesta e trabalhadora tem honrado o nome do Comercial. Com obrigações em dia e sem nenhuma ação trabalhista ou cível, aumento de patrimônio e três ótimas campanha nos últimos anos, inclusive com o acesso para A3 depois de assumir o clube na “bezinha” e totalmente sucateado..

O futebol não está fácil, a competitividade aumentou e o dinheiro diminuiu, mas o Comercial ainda tem fatores importantes que podem sustenta-lo, camisa, raça e a força de sua gente.

O momento é de união e não de “rachas”. Temos que lembrar que o mesmo sentimento move os dois lados, o torcedor que cobrou e a diretoria que se chateou, o amor incondicional pelo Comercial FC. Quem cobre quer ver o melhor, a reação e quem se chateou não queria ter visto seus esforços e sua luta derrotados em pleno Palma Travassos.

A torcida sempre vai cobrar e os abnegados sempre vão deixar suas empresas e suas famílias, sempre vão colocar dinheiro do bolso para tocar o clube, mas fundamentalmente, ambos sempre vão sorrir as alegrias e chorar as tristezas do caminho. O importante é que façam isso juntos!