O advogado de Júlia Moretti de Paula afirmou que a cliente esteve nas imediações da fronteira do Brasil e do Paraguai após o roubo ocorrido em setembro no Centro de Ribeirão Preto. Segundo José Márcio Mantello, a família o procurou há cerca de uma semana e informou que Júlia manifestou a intenção de retornar e se apresentar às autoridades. Mantello disse que ela teria relatado ter sido coagida a participar do crime e que não ficou com o dinheiro do assalto.
A Polícia Civil, contudo, mantém a avaliação de que Júlia foi uma das articuladoras do esquema. As investigações apontaram que ela aparece nas imagens do circuito interno acompanhada por outro suspeito disfarçado, além de ter alugado o imóvel usado no planejamento, apresentado documentação falsa e efetuado um depósito de R$ 12 mil como caução na imobiliária.
O assalto, que pode ter causado prejuízos superiores a R$ 4 milhões às vítimas, levou à recuperação de pouco mais de R$ 100 mil em dinheiro, joias e outros objetos. Quatorze pessoas foram presas até o momento; três envolvidos seguem foragidos, entre eles uma mulher que teria intermediado a compra das joias. Conforme a investigação, cada participante recebeu aproximadamente R$ 15 mil com a venda dos itens subtraídos.
A defesa informou que Júlia quer esclarecer sua versão dos fatos; a polícia prossegue com as diligências para localizar os foragidos e concluir o inquérito.