Qual a verdadeira motivação dos atritos intermináveis no Botafogo FC? Um lado luta em nome de amor pelo clube, o outro entende que a motivação é ódio por não mandar mais no futebol do clube.

Seja lá qual for o verdadeiro motivo a verdade é que o FC vai se canibalizando e aqueles que foram abnegados importantíssimos vão sendo expurgados do clube.

A mais recente perda é a de Osvaldo Festucci que apresentou carta ao Conselho Deliberativo pedindo para deixar o quadro de conselheiros. (lei na íntegra no final desta matéria).

O primeiro a ser hostilizado foi Gerson Engracia Garcia, responsabilizado pelos conselheiros por assinar contratos e fazer conceções ao sócio sem prévia autorização do Conselho Deliberativo, porém o próprio Conselho assinou autorização para que o ex-presidente tomasse as providências para formalizar a sociedade com a Trexx. Caso que segue na justiça, porém com decisões iniciais que não incriminaram Gerson.

Agora é com Festucci. Ele foi denunciado ao Conselho de Ética por ter, enquanto exercia a presidência executiva do FC, a adesão à SAF do futebol, caminho sem volta para os clubes que pretendem sobreviver no mercado do futebol. O Botafogo já era S/A, porém há benefícios financeiros e tributários relevantes para quem se transforma em SAF.

Os conselheiros que lutam por amor ou ódio, ainda não se sabe ao certo, inconformados com a decisão administrativa entendem que Festucci deva ser excluído do quadro de conselheiros do Botafogo FC. Em resposta a denúncia, o ex-presidente se defendeu afirmando que o ato foi perfeitamente legal e que causou economia de centenas de milhares de reais para o clube na transformação em SAF.

Ainda em resposta a denúncia que sofreu, Festucci também denunciou outro ex-presidente, O Dmitri Abreu que foi eleito em abril de 2019, permaneceu no cargo 08 meses e renunciou em dezembro daquele ano.

Segundo Festucci, ao contrário de seu ato que causou economia aos cofres do clube, além de evolução e adequação ao novo rumo do futebol, Dmitri causou prejuízo ao clube que hoje pode ultrapassar um milhão e meio de reais, ao tomar um empréstimo com a Trexx e oferecer como garantia 9% das cotas de sociedade que originalmente são 60% do Botafogo e 40% da Trexx. Esses 9% são o limite máximo para divisão de cotas, já que o contrato determina que o FC sempre será majoritário, do contrário o contrato torna-se nulo.

A Trexx já entrou na justiça para receber a dívida que não foi paga por Dmitri Abreu e se a justiça assim determinar, a Trexx passará ater 49% e o Botafogo 51% das ações.

Ainda segundo Festucci, o estatuto do clube é muito claro a esse respeito ao determinar que qualquer agente eleito que protagonize ato administrativo que cause prejuízo ao clube deve ser expulso e impedido de ocupar qualquer posição.

Sem revelar a motivação, Osvaldo Festucci protocolou carta pedindo sua exclusão antes da orientação do Conselho de Ética e posterior votação sobre sua exclusão ou não.

Certamente há uma série de argumentos para tentar justificar tais atos de ambos os lados, mas talvez seja essa a parte menos importante. Uma das perguntas sem resposta é, “para o que serve tudo isso?”

O que ganha o Botafogo FC com a exclusão de um, dos dois, ou até dos três se considerarmos a tentativa contra Gerson? Talvez a resposta seja nada… nada além de alimentar o ego e a vaidade de inconformados com o rumo que o clube tomou sob alegações de irregularidades que a justiça até hoje não entendeu que houve.

E assim o clube vai se esvaindo de pessoas que que assumiram o clube na terceira divisão do paulista, falido, sem calendário nacional, com dívidas impagáveis e o trouxeram de volta à elite do paulistão e ao cenário nacional com acesso da série D para a C e após a celebração da sociedade para a série B do brasileiro, deixando o clube sanado financeiramente, sem as tradicionais enxurradas de processos trabalhistas e dívidas que se multiplicavam anualmente.

Segundo os sábios, quem ama deixa seu amor seguir a vida e tentar ser feliz, quem odeia procura embates e litígio para tornar a vida do outro em um inferno, por isso a pergunta do título desta matéria se repete aqui: “AMOR OU ÓDIO NO BOTAFOGO FC?”

Última pergunta, quem será o próximo?

Confira a carta de Osvaldo Festucci