Aneel confirma bandeira vermelha 1 em outubro; cobrança será de R$ 4,463 a cada 100 kWh

A arrecadação obtida por meio das bandeiras é destinada a cobrir esses custos extras de geração

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Nando Medeiros
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Aneel confirma bandeira vermelha 1 em outubro; cobrança será de R$ 4,463 a cada 100 kWh

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira, 26 de setembro de 2025, o acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar 1 para o mês de outubro. A medida implica cobrança adicional de R$ 4,463 a cada 100 quilowatts-hora consumidos pelos clientes do Sistema Interligado Nacional.

A mudança ocorre após dois meses com o patamar mais elevado (vermelha 2), que teve taxa de R$ 7,877 em agosto e setembro. Segundo a Aneel, a decisão foi motivada por volumes de chuva abaixo da média em várias bacias e pela queda nos níveis dos reservatórios, o que reduziu a geração hidrelétrica e aumentou a necessidade de acionamento de termelétricas, mais caras.

A arrecadação obtida por meio das bandeiras é destinada a cobrir esses custos extras de geração. Em agosto, as faturas ainda trouxeram o Bônus de Itaipu, que representou desconto médio de R$ 11,59 aos consumidores. No primeiro semestre de 2025, junho e julho registraram a mesma bandeira vermelha 1, enquanto maio teve bandeira amarela; entre dezembro do ano anterior e abril a bandeira permaneceu verde, sem cobrança adicional.

A Aneel também destacou que a sequência de acionamentos reflete uma tendência de redução das afluências desde fevereiro, após a seca histórica do ano anterior. O efeito das bandeiras sobre o bolso do consumidor já aparece nas estatísticas: o aumento nos preços da energia elétrica residencial foi um dos principais responsáveis pela alta de 0,48% do IPCA-15 de setembro.

O sistema de bandeiras, em vigor desde 2015, tem como objetivo sinalizar ao consumidor os custos de geração e mitigar o impacto financeiro sobre as distribuidoras. Para outubro, portanto, as contas de energia virão com o acréscimo de R$ 4,463 por cada 100 kWh consumidos, enquanto a evolução das chuvas e dos níveis dos reservatórios continuará sendo monitorada para as próximas revisões.