Aneel mantém bandeira vermelha patamar 1 para novembro e explica necessidade de termelétricas

A cobrança extra permanece em R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos

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Nando Medeiros
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Aneel mantém bandeira vermelha patamar 1 para novembro e explica necessidade de termelétricas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1 para o mês de novembro. A cobrança extra permanece em R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos, conforme decisão anunciada na véspera de 1º de novembro de 2025.

A agência justificou a medida pelo volume de chuvas abaixo da média e pelo nível reduzido dos reservatórios, fatores que limitam a geração hidrelétrica. Para garantir o atendimento da demanda, foi mantido o acionamento de usinas termelétricas, cujo custo de operação é mais elevado e repercute na tarifa via bandeira.

A Aneel também citou a intermitência da geração solar, que não assegura fornecimento contínuo, especialmente à noite e nos horários de pico. A nota lembra que a cobrança por bandeira tem sido aplicada de forma recorrente neste ano: novembro passou a ser o quarto mês com a tarifa de R$ 4,463 e o sétimo mês seguido com algum tipo de bandeira tarifária.

Em agosto e setembro houve incidência do patamar mais alto em alguns períodos. Na conta de luz dos meses anteriores, os consumidores foram beneficiados por descontos vinculados ao Bônus de Itaipu, com redução média observada nas faturas.

Em paralelo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou no levantamento prévio da inflação (IPCA-15) de outubro uma queda de 1,09% no item energia elétrica residencial, que foi a principal contribuição individual para a desaceleração da inflação do mês.

O sistema de bandeiras tarifárias, em vigor desde 2015, sinaliza ao consumidor as condições de custo da geração de energia e também busca reduzir o impacto financeiro sobre as distribuidoras quando é necessário recorrer a fontes mais caras, como as termelétricas.