Após ano marcado por desafios, agronegócio mostrou resistência e avançou em tecnologia

Representantes do setor destacaram ainda o papel do Brasil na segurança alimentar global

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Nando Medeiros
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Após ano marcado por desafios, agronegócio mostrou resistência e avançou em tecnologia

Ao fechar 2025, o agronegócio brasileiro deixou claro que, apesar das adversidades, segue como pilar da economia. O balanço feito por líderes do setor ressaltou que produtores, dos pequenos aos grandes, terminaram o ano exaustos, porém com resultados que evidenciam capacidade de adaptação. O exercício foi duro: volatilidade nos preços das commodities, reconfiguração das cadeias logísticas internacionais e tensões no ambiente político pressionaram as margens de lucro ao longo do ano.

Além das dificuldades econômicas, os produtores enfrentaram desafios climáticos recorrentes e custos crescentes para atender a normas ambientais e programas de produção de baixo carbono. A necessidade de rastreabilidade e de investimentos em tecnologia deixou de ser opcional; virou exigência para manutenção de mercados e acesso a compradores exigentes.

Ao mesmo tempo, 2025 foi palco de avanços significativos na adoção de soluções digitais no campo. Ferramentas que usam inteligência artificial e automação foram apontadas como responsáveis por ganhos de eficiência na gestão da lavoura e na otimização de insumos. Cooperativas e redes de apoio também tiveram papel central ao amortecer impactos de quebras de safra e ampliar o poder de negociação dos produtores.

Representantes do setor destacaram ainda o papel do Brasil na segurança alimentar global. Mesmo sob pressão, a combinação de ciência, tecnologia e práticas de manejo permitiu que a produção nacional mantivesse sua relevância nos mercados externos.

Em sua avaliação, o presidente do Sistema Faesp/Senar, Tirso Meirelles, enfatizou a importância de ver o trabalho no campo como investimento no futuro, citando o legado e a mensagem de liderança que incentivam a valorização da produção agrícola como fonte de riqueza e bem-estar social.

Para a região de Ribeirão Preto e municípios do entorno, a lição de 2025 foi clara: a sustentabilidade econômica do setor dependerá da capacidade dos produtores de investir em tecnologia, cumprir normas ambientais e fortalecer cadeias locais de apoio. O setor encerrou o ano sinalizando que seguirá buscando soluções para transformar os aprendizados em maior produtividade e resiliência em 2026.