O melhor dos mundos para o Botafogo seria igualar o sucesso do departamento jurídico no futebol, mas infelizmente não é o que acontece.

Há alguns anos o time luta para não cair no paulistão, sorte que não teve ano passado quando foi rebaixado da série B para a série C. Em 2021 encerrou sua participação no brasileiro sem grandes sustos, mas com imensa frustração, apesar de ter contratado nomes reconhecidos no mercado para comandar as diretorias, técnica e do departamento de futebol. Argel Fuchs e Paulo Pelaipe não tiveram sucesso em reconduzir o pantera à série B.

Se nos gramados a luta tem sido inglória, no cenário jurídico o Botafogo Futebol S/A e o empresário Adalberto Baptista colecionam pareceres favoráveis. A justiça negou provimento a dois pedidos de condenação indenizatória por danos morais contra Adalberto, um era recurso do jornalista Igor Ramos e outro do conselheiro Daniel Pitta Marques. estes pareceres favoráveis se somam a outro que pedia a anulação dos contratos firmados entre BFC e Trexx que não foi adiante por entendimento jurídico.

A verdade é que a entidade centenária segue sangrando e sofrendo arranhões a cada notícia jurídica ou futebolística. Se por um lado há vitórias jurídicas que evidenciam divergências, desconforto e divisão do que deveria ser apenas um, por outro mostra que o objeto fundamental da existência do clube, o futebol, precisa reagir o quanto antes, sob pena e risco de colecionar novas derrotas e frustrações futebolísticas.

A pergunta que fica é: “será que é possível pelo menos igualar esses resultados”?

A certeza é que “se a bola estiver entrando”, os problemas ficam atenuados, a união pode se tornar viável e apesar de todo o sofrimento desportivo dos últimos anos, uma nova oportunidade se apresenta, a conquista da Copa Paulista e consequentemente a vaga para a Copa do Brasil. Essa seria a motivação mais importante para que haja investimentos no futebol para 2022.

O futebol está perdendo feio para o jurídico, esse cenário precisa mudar… urgente… e não é com batalhas judiciais, mas com a força tradicional da união botafoguense que já superou momentos terríveis em um passado recente. Que as mágoas pessoais sejam colocadas de lado e que o Botafogo seja o único motivo de preocupação de seu povo.