Câmara de Ribeirão Preto abre processo contra vereador após acidente e vídeos; Conselho de Ética se reúne nesta quinta

A investigação policial sobre o acidente segue independente do procedimento administrativo na Casa.

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Nando Medeiros
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Câmara de Ribeirão Preto abre processo contra vereador após acidente e vídeos; Conselho de Ética se reúne nesta quinta

A Câmara Municipal de Ribeirão Preto decidiu abrir um processo administrativo contra o vereador Bigodini (MDB) após representação apresentada por um jornalista. Dos 21 vereadores presentes, 20 votaram a favor da instauração do procedimento; o presidente da Casa, Isaac Antunes (PL), não participou da votação. O requerimento foi protocolado na terça-feira, 30 de setembro de 2025.

Assista ao vídeo do trecho da sessão em que foi aberta a votação

O pedido se baseia em suspeita de quebra de decoro parlamentar relacionada a um acidente ocorrido no domingo, 28 de setembro, quando o veículo em que Bigodini estava, junto com a namorada Isabela de Cássia de Andrade Faria, colidiu contra uma árvore na Avenida do Café. Na sequência, circulou nas redes sociais um vídeo em que o vereador aparece ao lado do motorista logo após a batida, fato que entrou em confronto com a versão inicial divulgada pelo parlamentar , que afirmou que a namorada dirigia e que ela não possuía habilitação.

Durante o atendimento da ocorrência, segundo registros policiais, nenhum dos ocupantes se submeteu ao teste do bafômetro, embora agentes tenham observado sinais de embriaguez no vereador. Também foram apontadas divergências entre os registros da Polícia Civil e da Polícia Militar, o que motivou suspeitas de possível fraude processual. A Câmara informou que solicitará às autoridades competentes acompanhamento das investigações.

Bigodini não compareceu à sessão da Câmara realizada na segunda-feira, 29 de setembro, e apresentou atestado médico com validade de quatro dias.

O Conselho de Ética da Casa, presidido por Diácono Ramos (União), marcará a primeira reunião de instrução do caso na quinta-feira, 2 de outubro de 2025. Na pauta está o envio do ofício de notificação à defesa do parlamentar; a partir do recebimento, o vereador terá 15 dias para apresentar sua resposta. Entre as penas possíveis que podem ser aplicadas pelo Legislativo estão advertência, suspensão temporária e, em casos extremos, cassação do mandato, dependendo do resultado da apuração.

A investigação policial sobre o acidente segue independente do procedimento administrativo na Casa.