Avenida surgiu antes de seu nome, tendo sido rebatizada 26 anos depois de sua inauguração
Foto: Guilherme Sircili
Começou nesta terça-feira, dia 20 de junho, a obra de restauração e construção de corredor de ônibus na avenida considerada cartão-postal de Ribeirão Preto, a Nove de Julho. A Ordem de Serviço para início dos trabalhos aconteceu hoje de manhã, na própria avenida.
A obra vai recuperar totalmente os 2 km de pavimento da Nove de Julho – 1 km de cada lado – e vai construir duas grandes galerias de águas pluviais, uma delas descendo a rua Marcondes Salgado e a outra descendo pela rua São José, ambas saindo da Nove de Julho e desembocando no córrego Retiro Saudoso, na avenida Francisco Junqueira.
Com isso, a obra também acabará com os alagamentos e enchentes no Centro.
AVENIDA SURGIU ANTES DO NOME
Durante a cerimônia de assinatura da Ordem de Serviço, o prefeito Duarte Nogueira lembrou que a avenida foi criada em 1922 com o nome de Avenida Independência. “Ela foi fundada dez anos antes da Revolução de 32, ou seja, antes de o dia Nove de Julho tornar-se uma data histórica”, contou Nogueira.
Assim, a avenida nasceu antes do fato histórico que deu nome a ela. E foi o prefeito José de Magalhães, em 1948, quem trocou o nome de Independência para Nove de Julho e inaugurou, nesse mesmo momento, a atual Avenida Independência, que corta a Nove de Julho.
Mais tarde, em 1972, comemorando os 40 anos de aniversário da Revolução de 32 e os 150 da Independência do Brasil, o então prefeito Duarte Nogueira instalou o obelisco no local em que se encontra hoje, na esquina das duas avenidas.
A OBRA NA NOVE DE JULHO
Com refeitório, sanitários, escritório e almoxarifado, o canteiro de obras está sendo montado nesta terça-feira, 20, num trecho do canteiro central da Nove de Julho onde não há árvores, entre a Marcondes Salgado e a Floriano Peixoto.
Os serviços serão feitos por trechos, sempre a cada dois quarteirões, para evitar transtornos ao comércio e usuários da região.
Entre 21 de junho e 22 de setembro, será interditado apenas o trecho entre as ruas Marcondes Salgado e Garibaldi, os dois quarteirões onde as obras se concentrarão neste período. Da mesma forma, a construção das galerias de águas pluviais interditará dois quarteirões por vez.
Além de adequação em calçadas, instalação de guias e sarjetas e de rampas de acesso a pessoas com deficiência nos dez quarteirões da obra, o piso da Nove de Julho será totalmente readequado.
Os paralelepípedos serão retirados e recolocados depois de o subleito receber uma estrutura super reforçada:
- Camada compactada de terra
- Camada de brita
- 12 cm de concreto armado
- Areia compactada
- Paralelepípedos reinstalados, de forma alinhada
Com isso, as pedras que formam as duas pistas e são patrimônio público não correrão mais o risco de serem realinhadas devido ao alto impacto dos veículos que circulam pela Nove de Julho.
As pedras portuguesas que dão forma aos mosaicos do canteiro central também serão retiradas e depois reinstaladas. Já as árvores sibipirunas que contam com mais de 70 anos, ficarão intocadas.