A Confederação Brasileira de Futebol decidiu não divulgar publicamente os áudios das comunicações entre o árbitro de vídeo e Ramon Abatti Abel referentes ao clássico entre São Paulo e Palmeiras, disputado no último domingo, 5 de outubro.
Segundo a entidade, o protocolo em vigor só torna públicos os áudios quando o árbitro de campo se dirige ao monitor para rever o lance; se a revisão for feita inteiramente pela equipe de vídeo e houver concordância com a decisão de campo, o trecho não é publicado.
O São Paulo, porém, teve acesso às gravações após apresentar reclamação formal: na segunda-feira, o diretor executivo Rui Costa participou de videoconferência com a Comissão Nacional de Arbitragem da CBF e ouviu as explicações técnicas de Rodrigo Cintra e do gerente do VAR, Péricles Bassols.
O clube havia apontado dois lances como determinantes, a expulsão de Andreas Pereira e um possível pênalti no início do segundo tempo, e classificou as decisões como decisivas para o resultado. Após a partida, o presidente são-paulino Julio Casares manifestou indignação publicamente e pediu a liberação dos áudios.
A CBF informou ainda que todos os árbitros envolvidos no jogo foram afastados temporariamente e serão submetidos a treinamento e avaliação interna em função das controvérsias geradas pelo clássico, que terminou com a virada do Palmeiras por 3 a 2.