Censo do IBGE aponta mais de 23 mil moradores de favelas em Ribeirão Preto e destaca déficit em infraestrutura

Os números foram extraídos do Censo 2022 do IBGE, divulgados em 5 de dezembro de 2025

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Nando Medeiros
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Censo do IBGE aponta mais de 23 mil moradores de favelas em Ribeirão Preto e destaca déficit em infraestrutura

O IBGE divulgou os resultados do Censo 2022 para Ribeirão Preto, que registraram 23.256 pessoas vivendo em favelas e comunidades do município, distribuídas em 7.718 domicílios.

Os dados, apresentados pelo instituto, revelam carências significativas de infraestrutura básica nesses locais. Em relação ao transporte coletivo, apenas 1.196 moradores (5,14%) informaram existir ponto de ônibus próximo; 22.038 pessoas (94,76%) disseram que não há ponto de ônibus nas imediações.

Sobre pavimentação, 11.011 pessoas (47,35%) moram em vias pavimentadas, enquanto 12.223 (52,56%) residem em ruas sem pavimentação. O levantamento também apontou falta de drenagem adequada: somente 7.108 moradores (30,56%) informaram a existência de bueiros ou bocas de lobo; 16.126 (69,34%) relataram ausência desses equipamentos.

Em termos de iluminação pública, 11.309 pessoas (48,63%) declararam ter iluminação no local onde vivem e 11.925 (51,28%) não têm. A infraestrutura para pedestres e a arborização também apresentam déficits: 8.643 moradores (37,16%) relataram existência de calçada ou passeio, contra 14.591 (62,74%) sem; quanto a árvores nas ruas, 12.856 pessoas (55,28%) viviam em áreas arborizadas e 10.378 (44,63%) em locais sem árvores.

Especialistas em políticas urbanas ouvidos por jornalistas costumam associar a falta desses itens a maiores riscos à saúde, mobilidade reduzida e menor qualidade de vida. Os números foram extraídos do Censo 2022 do IBGE, divulgados em 5 de dezembro de 2025, e devem subsidiar planejamentos municipais voltados à melhoria das condições de moradia nas favelas e comunidades da cidade.