Comerciantes da Avenida Saudade fecham mais cedo por causa da violência e queda de movimento

A pasta também destacou a importância do registro de Boletim de Ocorrência para que os casos sejam investigados

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Nando Medeiros
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Comerciantes da Avenida Saudade fecham mais cedo por causa da violência e queda de movimento

Com lojas que esvaziam ao anoitecer, a Avenida Saudade, nos Campos Elíseos, voltou a preocupar comerciantes de Ribeirão Preto. Dono de um estabelecimento próximo ao fim de um quarteirão pouco movimentado, Felipe Lima afirma que prefere encerrar o expediente antes do horário para evitar riscos de assalto, prática que se repete mesmo no período de fim de ano, quando outras áreas centrais da cidade ficam mais animadas.

Outro comerciante, Leandro Maciel, relatou que furtos de celular tornaram clientes mais cautelosos e até dificultaram pagamentos digitais, reduzindo a possibilidade de manter a loja aberta até mais tarde para atrair público. Paulo Cavalcanti acrescentou que, além de mais rondas policiais, a via precisa de políticas para requalificação, iluminação e medidas que incentivem o fluxo de pedestres e reduzam a velocidade do tráfego.

Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo apontam que, entre janeiro e outubro de 2025, a área do 2º Distrito Policial registrou mais de 1,7 mil ocorrências, uma média de cerca de 40 vítimas por semana, número que comerciantes citam como justificativa para fechar mais cedo.

A SSP informou que tem ampliado ações de inteligência, tecnologia e patrulhamento em Ribeirão Preto e que as medidas contribuíram para a queda nos índices de roubos e furtos no período.

A pasta também destacou a importância do registro de Boletim de Ocorrência para que os casos sejam investigados. Moradores e lojistas afirmam, porém, que o aumento da sensação de segurança depende também de iniciativas voltadas à revitalização comercial e à iluminação pública, para atrair consumidores e devolver movimento à avenida à noite.