Comitiva africana visita Ribeirão Preto para troca de experiências na saúde pública

Comitiva africana visita Ribeirão Preto para troca de experiências na saúde pública

  • Go to the profile of  Nando Medeiros
Nando Medeiros
· 2 minutos de leitura
Comitiva africana visita Ribeirão Preto para troca de experiências na saúde pública

Missão chefiada pelo diretor do Gabinete Provincial da Saúde de Huambo, quer levar para Angola, experiências do CER II Nadef e do CER II Apae

Foto: Divulgação

Uma comitiva formada por representantes do governo da província de Huambo, em Angola, no continente africano, estiveram, na manhã desta quinta-feira, 4 de abril, em Ribeirão Preto para conhecer a estrutura e os serviços prestados no Centro Especializado de Reabilitação Dr. Jayme Nogueira da Costa – CER II Nadef e no CER II Apae de Ribeirão Preto.

A comitiva, formada pelo diretor do Gabinete Provincial da Saúde de Huambo, Lucas António Nhamba, Orlando Justo Chipindo, diretor do Hospital Municipal de Caala e pelo diretor do Centro de Reabilitação Física Princesa Diana, visitaram as instituições, acompanhados pela coordenadora da Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência, Milena Rodarte, em seguida, recebidos secretária municipal da Saúde.

“Reiteremos e agradecemos a importância para o nosso país todo esse conhecimento que buscamos com fomento para melhorias futuras em nossos serviços. Angola ainda tem muitas pessoas mutiladas e com deficiência, minas escondidas da guerra civil que terminou em 2002, que ainda fazem vítimas, portanto, estreitar relações e buscar a experiência de vocês”, explicou Lucas António Nhamba, durante encontro com a secretária da Saúde de Ribeirão Preto, Jane Aparecida Cristina.

As boas práticas na saúde pública de Ribeirão Preto, reconhecida nacionalmente, motivaram a comissão africana a escolher o município como modelo colaborador, que tem o propósito de fortalecer e ampliar a cooperação técnica entre as cidades, facilitando informações e troca de experiências.

“Recebemos o pedido de visita com muita alegria e orgulho, sem esquecer a responsabilidade que temos, como referência e modelo em gestão em saúde para outro país, população que sofreu e ainda sofre os resquícios da guerra. Um reconhecimento sim, que servirá para aprimorarmos ainda mais as políticas públicas em saúde para cuidar de pessoas”, afirmou Jane Cristina.

Guerra Civil Angolana 

A Guerra Civil Angolana foi um conflito armado interno, que começou em 1975 e continuou, com interlúdios, até 2002.

A guerra começou imediatamente depois que Angola se tornou independente de Portugal em novembro de 1975.

O conflito foi uma luta de poder entre dois ex-movimentos de guerrilha anticolonial, o comunista Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a anticomunista União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).

A guerra foi usada como campo de batalha de uma guerra por procuração da Guerra Fria por Estados rivais como União Soviética, Cuba, África do Sul e Estados Unidos.

Quando o MPLA alcançou a vitória em 2002, mais de 500 mil pessoas morreram e mais de um milhão foram deslocadas internamente. A guerra devastou a infraestrutura de Angola e danificou gravemente a administração pública, a economia e as instituições religiosas do país.

Ainda hoje angolanos morrem ou sofrem mutilações porque há milhões de minas terrestres e munições não detonadas remanescentes do conflito.