A Polícia Civil de Cravinhos tornou pública uma carta supostamente escrita por Marlon Couto Paula Júnior, na qual ele confessa o assassinato do empresário Nelson Francisco Carreira Filho. O delegado Heitor Moreira confirmou que a carta foi enviada pela defesa de Marlon, que está com a prisão decretada e permanece foragido.
Na carta, Marlon relata que o crime ocorreu durante uma discussão em sua empresa de suplementos, onde ele disparou um tiro contra Nelson. Após o ato, Marlon afirma ter transportado o corpo até Miguelópolis, onde o lançou no rio, juntamente com a arma do crime.
Além disso, o documento menciona a participação de Tadeu Almeida Silva, que teria ajudado Marlon a levar o veículo de Nelson até São Paulo. A esposa de Marlon, Marcela Silva de Almeida, teria tomado conhecimento do crime apenas após visitar a família do empresário para oferecer apoio, em razão do desaparecimento de Nelson. Tadeu e Marcela também tiveram suas prisões solicitadas, mas apenas Tadeu se entregou à polícia.
A motivação do crime, segundo a carta, seria uma suposta extorsão praticada por Nelson, que teria cobrado quantias elevadas de Marlon para não registrar que produtos desenvolvidos pela empresa de Marlon estavam sob sua propriedade.
Marlon também afirma na carta que já informou à polícia onde o corpo e a arma estão localizados e expressa a intenção de se apresentar às autoridades em um futuro próximo. O advogado de defesa, Natham Castelo Branco, declarou que ainda não há uma data definida para a apresentação do cliente à polícia.