A deputada Carla Zambelli (PL), natural de Ribeirão Preto, teve sua prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão ocorre após a parlamentar ter deixado o Brasil na terça-feira anterior, 3 de junho.
Em maio, Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão, além da perda do mandato, por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A determinação de Moraes também inclui o bloqueio de seus passaportes, salário e verbas de gabinete, que serão utilizados para cobrir as multas impostas.
O pedido para a prisão preventiva foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e Moraes justificou sua decisão afirmando que a fuga da deputada após a condenação torna a medida necessária. Além disso, todos os bens e contas de Zambelli, incluindo imóveis e contas bancárias, foram bloqueados.
As redes sociais da deputada também foram suspensas, e se ela continuar a publicar conteúdos considerados ilegais, poderá enfrentar multas diárias de R$ 50 mil. O ministro também ordenou que a Polícia Federal adicione seu nome à lista da Interpol, buscando sua extradição.
Em resposta, Zambelli declarou que considera a decisão ilegal e autoritária, afirmando que um único ministro não pode tomar tal medida de forma isolada. Ela defendeu que a Constituição brasileira protege a imunidade parlamentar e criticou os bloqueios nas contas de sua família, prometendo recorrer a instâncias internacionais para denunciar o que considera perseguição política.
