Dezembro Vermelho: 17ª edição da Campanha “Fique Sabendo” começa dia 30 de novembro

Dezembro Vermelho: 17ª edição da Campanha “Fique Sabendo” começa dia 30 de novembro

  • Go to the profile of  Nando Medeiros
Nando Medeiros
· 3 minutos de leitura
Dezembro Vermelho: 17ª edição da Campanha “Fique Sabendo” começa dia 30 de novembro

Campanha tem o objetivo de estimular a população a realizar o teste de Aids e de Sífilis; unidades de saúde intensificarão testagem

Dentro da programação da campanha 17ª Edição da campanha “Fique Sabendo”, que tem como objetivo estimular a população a realizar o teste de Aids e Sífilis, especialmente pessoas com vida sexual ativa, que nunca realizaram estes testes na vida e/ou que pertencem aos grupos mais atingidos por essas doenças, anuncia a programação deste ano.

No dia 30 de novembro, na Praça XV de Novembro, realizará testes rápidos para HIV, das 09h30 às 14h30.

Promovida pelo Programa Municipal de DST/Aids, Tuberculose e Hepatites Virais, além da testagem, haverá também orientação sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e HIV, sobre Profilaxia Pós-exposição ao HIV (PEP), e oferta de Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PREP) e distribuição de insumos de prevenção como preservativos internos, gel lubrificante e auto teste. A mesma ação será promovida em 27 de dezembro, das 10h às 14h, na Universidade de São Paulo.

Todas as unidades de saúde de Ribeirão Preto intensificarão, de 1º a 7 de dezembro, a testagem para HIV e Sífilis, além de atividades educativas e de prevenção para a população, incluindo ações dentro e fora das unidades.

Campanha “Fique Sabendo”

A Campanha Fique Sabendo, realizada anualmente em todo Estado de São Paulo, tem o objetivo de estimular a população a realizar o teste de Aids e de Sífilis, especialmente pessoas com vida sexual ativa, que nunca realizaram estes testes na vida e/ou que pertencem aos grupos mais atingidos por essas doenças.

Em Ribeirão Preto, o acesso ao diagnóstico precoce do HIV melhorou, evidenciado pela queda de 60% na taxa de incidência de Aids nos últimos 10 anos e aumento de 28% na taxa de detecção de HIV, considerando ambos os sexos e todas as idades.  

Entretanto, causa preocupação o fato de que, entre meninos jovens de 15 a 29 anos, a taxa de detecção de HIV vem sofrendo aumentos significativos.  

Um dado a ser comemorado é que nos últimos sete anos não tivemos nenhuma criança infectada por transmissão vertical no município, fruto de um bom trabalho em relação às ações do pré-natal e pré-natal do parceiro.

A coordenadora do programa, Mônica Arruda Rocha, explica que promover o acesso ao teste e ampliar o número de pessoas que conheçam seu status sorológico é parte essencial do enfrentamento da epidemia.

“A testagem é a porta de entrada nesta cadeia de ações de prevenção, tratamento e cuidado. Com diagnóstico precoce e graças à evolução do tratamento tem-se melhorado a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/Aids, além da diminuição da mortalidade e transmissibilidade”, orienta a coordenadora do programa.

O desafio do controle da epidemia do HIV

A UNAIDS estabeleceu o desafio da meta 95/95/95 de forma a controlar a Aids enquanto epidemia até 2035; o Brasil é signatário dessa meta que consiste em:

• diagnosticar 95% de todas as pessoas que têm o vírus HIV;

• que 95% destas diagnosticadas receba terapia antirretroviral ininterruptamente;

• que 95% de todas em tratamento com antirretrovirais tenham suprimido a carga viral, levando-a a níveis indetectáveis.

Posteriormente a meta de alcançar zero discriminação também foi incorporada.

O panorama da Sífilis também é preocupante e acompanha uma tendência nacional; a taxa de detecção de Sífilis Adquirida no município em 2023 foi de 238,3 casos/100.000 habitantes, e entre as gestantes, 35,9/1.000 nascidos vivos. Gestantes não tratadas adequadamente na gestação podem transmitir a infecção para o feto, podendo acarretar até 40% de aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal.

Assim, toda a população sexualmente ativa que nunca se testou ou que teve relacionamento sexual desprotegido deve procurar as Unidades Básicas de Saúde de Ribeirão Preto para a realização dos testes do HIV e Sífilis”, conclui Mônica Arruda Rocha.