Escola em Ribeirão Preto inaugura mural tátil que promove inclusão e arte feminina

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof. Alfeu Luiz Gasparini, localizada no bairro Ipiranga, zona Norte de Ribeirão Preto, inaugurou recentemente um mural tátil acessível em seu muro voltado para a avenida Dom Pedro

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Nando Medeiros
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Escola em Ribeirão Preto inaugura mural tátil que promove inclusão e arte feminina

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Prof. Alfeu Luiz Gasparini, localizada no bairro Ipiranga, zona Norte de Ribeirão Preto, inaugurou recentemente um mural tátil acessível em seu muro voltado para a avenida Dom Pedro.

A iniciativa, promovida pela Prefeitura de Ribeirão Preto, tem como objetivo proporcionar às pessoas cegas ou com baixa visão a possibilidade de vivenciar a arte urbana por meio do tato e da audição.

O mural é composto por três pinturas em relevo, acompanhadas de placas em braile e QR codes que direcionam a vídeos no YouTube com audiodescrição narrada pelas próprias artistas. Cada obra conta também com uma placa em braile com o título e o nome da autora. A intervenção artística integra o projeto "Traços Femininos – Grafite como Expressão de Inclusão e Resistência", idealizado pelas artistas Cathe, Joy e Zanna, que busca valorizar a presença feminina na arte urbana e democratizar o acesso à cultura para todos.

De acordo com a Administração Municipal, as pinturas utilizam diversas texturas e materiais sensoriais, como ladrilhos, massa corrida e serragem, para estimular a experiência tátil. A criação do mural contou com a colaboração da Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto (Adevirp), do Lar dos Cegos e da artista visual cega Kelly Martins, que forneceu orientações essenciais para o desenvolvimento da obra.

As três obras apresentam estilos e temas distintos: "Zeni", de Zanna, traz uma personagem com traços suaves que olha para o céu, simbolizando esperança; Joy retrata mulheres em cores inusitadas, destacando a força feminina e sua conexão com a natureza; já "Gato Xadrez", de Catherine, exibe um personagem lúdico inspirado em histórias infantis, com texturas variadas que enriquecem a experiência sensorial.

Durante a execução do mural, os alunos da escola participaram de uma atividade sensorial, explorando as obras com os olhos vendados, o que fomentou discussões sobre acessibilidade, espaço público e protagonismo feminino. A proposta do projeto vai além do visual e busca despertar reflexões sobre inclusão, empatia e pertencimento nos ambientes urbanos.

Essa ação pioneira reforça o compromisso da cidade com a promoção de espaços culturais inclusivos e a valorização da diversidade na arte.