No último sábado, 9 de agosto de 2025, Valéria Alves Ferreira descobriu que a estátua de bronze de Jesus, presente no jazigo da família há mais de seis décadas, havia sido levada do cemitério de Monte Alto.

Ela percebeu o furto ao ir ao local preparar o túmulo para o Dia dos Pais. A peça, de grande porte, foi removida com facilidade, segundo moradores, e ainda não foi recuperada. Um boletim de ocorrência foi registrado.

A família relatou que o túmulo já vinha sendo alvo de furtos: a tampa do jazigo foi levada em três ocasiões anteriores e vasos e outros ornamentos de bronze também desapareceram. Para tentar reduzir as ocorrências, foram trocados portões e os proprietários deixaram de repor peças, mas os problemas persistiram.

Autoridades locais admitiram que, por necessidade de atender outra demanda, o policiamento no cemitério foi temporariamente desviado, o que teria facilitado a ação dos criminosos. O comandante da Guarda Municipal disse que o patrulhamento foi restabelecido e que há uma linha específica de investigação sobre os casos, não se tratando apenas de furtos eventuais, segundo a corporação.

O secretário de Segurança, João Pereira, afirmou que a densa arborização do cemitério dificulta a eficácia de câmeras internas e que o sistema de monitoramento está em processo de modernização.

Segundo a gestão, Monte Alto recebeu 65 câmeras para área urbana e 44 para a zona rural, e o projeto de vigilância do cemitério está em implantação, com foco no monitoramento do entorno do muro, em vez do interior do bosque, onde a visibilidade é prejudicada. No momento do furto, algumas câmeras estavam parcialmente inoperantes, segundo a prefeitura.

A investigação segue em andamento enquanto a família e a prefeitura aguardam a recuperação da peça e a conclusão das melhorias no sistema de segurança.