A lagoa central de Ipuã, considerada um dos principais pontos turísticos e de lazer da cidade, está praticamente seca devido à forte estiagem que afeta a região.
Com grande parte dos seus 29,5 mil metros quadrados de área cobertos por terra ressecada, o local apresenta um cenário preocupante, incluindo peixes mortos que ficaram expostos pela ausência de água. Essa condição tem impactado diretamente as atividades recreativas da população, como a pesca, que antes era bastante praticada no local.
Além da fauna aquática, o ecossistema da lagoa sofreu alterações significativas. Apesar disso, algumas espécies de aves, como quero-queros e garças, ainda visitam o espaço, buscando alimento entre os resíduos deixados pela seca. Situações semelhantes já foram registradas em 2021 e 2022, segundo relatos da prefeitura.
Fausto Olivier Franco, secretário de Engenharia de Ipuã, explicou que a irregularidade e a intensidade das chuvas dificultam a recuperação da lagoa. "As precipitações costumam ser muito fortes, mas espaçadas, com intervalos de até duas semanas sem chuva, o que acelera a evaporação e o ressecamento do lago", afirmou. O secretário destacou que a revitalização depende do retorno das chuvas e da recuperação das nascentes da região, incluindo uma localizada na entrada da cidade.
Para ajudar na recomposição ambiental, a administração municipal está promovendo o plantio de árvores ao redor da lagoa, com o apoio de parcerias locais, como usinas que fornecem mudas, municípios vizinhos e viveiros da própria cidade. O processo, no entanto, é lento e demanda tempo para apresentar resultados efetivos.
Moradores demonstram tristeza diante do atual estado da lagoa. Oleir da Silva, um dos frequentadores, lamentou a situação: "A falta de chuva não ajuda, mas ver o lago assim é realmente triste". A prefeitura anunciou que realizará uma limpeza no local nos próximos dias, embora ainda não tenha estipulado um prazo para a conclusão dos trabalhos.