A Justiça condenou três envolvidos em um esquema de superfaturamento e desvio de recursos públicos ligados à contratação emergencial de serviços para a instalação de equipamentos elétricos e para-raios na Unidade Mista Hospitalar de Brodowski, conhecida como Hospitalzinho.
O caso ocorreu em janeiro de 2023 e resultou em penas que variam de 7 a 7 anos e 8 meses de reclusão, além de multas e ressarcimento ao erário, cujos valores não foram divulgados.
Os condenados são Luiz Henrique Modena Tahan, ex-secretário adjunto de licitação, que recebeu sentença de 7 anos e 8 meses; Maria Helena de Faria Rossanese, ex-servidora administrativa da Secretaria de Saúde, condenada a 7 anos; e Carlos Eduardo Bóssa, empresário contratado, também sentenciado a 7 anos de prisão.
Segundo as investigações, a Secretaria de Saúde de Brodowski realizou o pagamento integral de quase R$ 50 mil pelos serviços antes mesmo da conclusão das instalações, com atestado falso de execução dos trabalhos. A Operação Raio X, deflagrada para apurar o caso, apreendeu documentos e aparelhos eletrônicos que revelaram mensagens comprovando o acerto de pagamento de propina entre os envolvidos.
Em nota, a Prefeitura de Brodowski esclareceu que nenhum dos condenados possui vínculo com a atual gestão e reiterou seu compromisso com a transparência e a responsabilidade na administração dos recursos públicos, repudiando qualquer prática de corrupção. A defesa do empresário Carlos Eduardo Bóssa informou que vai recorrer da decisão, alegando ausência de provas de superfaturamento e afirmando que os serviços foram prestados conforme contratado. As defesas de Maria Helena e Luiz Henrique também protocolaram recursos, confiando na reversão das condenações nas instâncias superiores.
O caso destaca a atuação das autoridades policiais e do Poder Judiciário na responsabilização de irregularidades que causam prejuízo ao erário público em Brodowski.