Família diz que suspeito continua na região; polícia mantém desconhecimento sobre paradeiro em caso de homicídio em Cravinhos

Segundo o irmão da vítima, Marlon teria residência em um condomínio de Cravinhos e passaria parte do tempo em um rancho em Miguelópolis

  • Go to the profile of  Nando Medeiros
Nando Medeiros
· 1 minuto de leitura
Família diz que suspeito continua na região; polícia mantém desconhecimento sobre paradeiro em caso de homicídio em Cravinhos

A família do empresário Nelson Carreira Filho informou que o principal suspeito pelo desaparecimento e morte dele, identificado como Marlon Couto Júnior, ainda circula por áreas próximas a Cravinhos e Miguelópolis. As declarações foram feitas após investigação da Polícia Civil apontar que Nelson foi assassinado durante uma reunião de negócios na cidade, em 16 de maio de 2025.

Segundo o irmão da vítima, Marlon teria residência em um condomínio de Cravinhos e passaria parte do tempo em um rancho em Miguelópolis, onde, conforme a família, teria deixado o corpo lançado no Rio Grande. A polícia, no entanto, disse por nota que não há confirmação de que o suspeito esteja no condomínio citado e ressaltou que todas as denúncias recebidas estão sendo apuradas, mas que o paradeiro do investigado segue desconhecido.

O caso já teve as investigações preliminares concluídas pela Polícia Civil. Conforme o inquérito, Marlon e o diretor-executivo Tadeu de Almeida Silva teriam atraído a vítima a uma negociação na empresa dos acusados, em Cravinhos, e executado Nelson com um disparo na cabeça. Em seguida, segundo os autos, o corpo teria sido enrolado e lançado no Rio Grande, em Miguelópolis.

O Ministério Público ofereceu denúncia contra Marlon por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e pela impossibilidade de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver, fraude processual e falsidade ideológica. A acusação descreve ações posteriores ao crime que teriam incluído manipulação de mensagens, adulteração do local para eliminar vestígios, uso de aparelhos descartáveis e auxílio de terceiros para tentativa de fuga.

Em junho, Marlon enviou carta à Polícia Civil em que reconheceu participação no crime, alegando autodefesa, e relatou ter levado o corpo até Miguelópolis. Ele permanece foragido desde que teve mandado de prisão expedido em 27 de maio de 2025. A defesa chegou a tentar retirar as acusações de ocultação de cadáver e fraude processual, pedido que foi negado pela Justiça.

A polícia informou que continuará investigando todas as pistas e que prenderá o suspeito caso obtenha sua localização. Familiares da vítima afirmam que buscarão novas testemunhas e seguem cobrando respostas sobre o paradeiro do corpo e a responsabilização dos envolvidos.