Alípio João Júnior, fazendeiro de 58 anos com histórico de conflitos judiciais e denúncias de maus-tratos a animais, está sob investigação da Polícia Civil e do Ministério Público de Ribeirão Preto.

Ele é suspeito de ameaças, intimidações e perturbação da ordem em um condomínio localizado no Centro da cidade. Natural da região de Mococa, a cerca de 100 km de Ribeirão Preto, Alípio possui um patrimônio significativo, incluindo fazendas, imóveis na cidade e apartamentos no Guarujá.

Desde a morte de seu pai em 2016, Alípio iniciou uma disputa judicial para assumir a administração do inventário familiar, o que resultou no abandono das propriedades rurais. Relatórios veterinários apontam que os animais nas fazendas foram negligenciados, apresentando subnutrição e mortes, em um cenário de descaso com o gado.

O episódio mais recente envolvendo o fazendeiro ocorreu após vizinhos registrarem boletins de ocorrência relativos a explosões de bombas e ameaças de morte. O Ministério Público relatou que áudios enviados por Alípio continham xingamentos, ofensas homofóbicas e discriminatórias, além de declarações ameaçadoras, em que ele afirma ter influência política e recursos financeiros para agir impunemente.

Diante da gravidade das denúncias, o Ministério Público solicitou à Justiça a prisão preventiva do investigado e requisitou um exame médico-legal para avaliar sua sanidade mental, ressaltando o risco que suas ações representam para a segurança dos moradores do condomínio.

Em junho deste ano, Alípio também foi preso após agredir um segurança de shopping em Ribeirão Preto com tiros de arma de pressão, motivado por um desentendimento relacionado à perda do ticket de estacionamento. O segurança foi ferido e recebeu atendimento médico.

Até o momento, Alípio João Júnior não constituiu advogado para sua defesa.