A Fenasucro & Agrocana, considerada a maior feira de bioenergia do país, terminou a 31ª edição com R$ 13,7 bilhões em negócios, informou a organização.
Realizado em Sertãozinho, o evento recebeu público de 60 países ao longo de quatro dias.
O resultado representa alta de 28% ante 2024 e reúne compras de máquinas e tecnologias direcionadas sobretudo à produção de biocombustíveis e à montagem de usinas de etanol. Nas rodadas internacionais promovidas pelo Projeto Brazil Sugarcane Bioenergy Solution, do Apla e da ApexBrasil, compradores de países como África do Sul, Etiópia e Argentina movimentaram US$ 90,4 milhões, cerca de R$ 500 milhões, em intenções de compra.
A feira expôs inovações de aproximadamente 600 marcas e ofereceu mais de 40 horas de debates e palestras, com foco em temas como transição energética e sustentabilidade. Organizadores também anunciaram datas provisórias para 2026: a próxima edição está prevista para 11 a 14 de agosto.
A cadeia sucroenergética local, que serve como base para a feira, concentra cerca de 18,6 mil indústrias e prestadores de serviço. Segundo dados citados pelos organizadores, esse polo movimentou R$ 37,1 bilhões e empregou 105 mil pessoas em 2024. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aponta que os derivados da cana respondem por quase 17% da matriz energética brasileira.
Além do etanol, o setor tem ampliado o uso de resíduos para cogeração elétrica e térmica, produção de biogás e biometano, e investimentos em novas fontes renováveis, como hidrogênio verde e combustíveis sustentáveis para aviação (SAF). A Fenasucro, para a organização, reafirmou seu papel como vitrine e plataforma de negócios para essa transição da bioenergia no interior de São Paulo.