A filha da vítima prestou depoimento e confirmou à polícia que, no dia em que a diretora escolar Márcia Cristina Feliciano Costa foi encontrada morta, só estavam no local ela e a mãe. A informação foi divulgada pelo delegado responsável pelo caso, que não descartou, porém, buscas por outras pessoas envolvidas.
O corpo de Márcia, 59 anos, foi achado em 11 de setembro no banheiro de uma área de lazer no bairro Planalto Verde, com sinais de violência: uma barra metálica sobre o corpo, estilhaços de vidro e marcas de sangue. Laudo do Instituto Médico Legal identificou um corte no pescoço compatível, segundo os peritos, com instrumento cortante, o que fez a polícia reclassificar inicialmente o caso de morte a esclarecer para investigação por possível homicídio.
Imagens de câmeras de imóveis próximos, segundo a polícia, reforçaram a versão de que apenas a aposentada e a filha estavam no local no momento do fato. As imagens recolhidas são limitadas e pouco nítidas, mas, conforme o delegado, não indicam a entrada de terceiros enquanto ocorreu o episódio.
A mulher que depôs apresentou ferimentos e fez exames no IML; ela disse aos investigadores que se machucou ao tentar reanimar a mãe. A equipe policial, no entanto, considera que alguns cortes podem ter origem diferente e ainda apura como as lesões foram causadas.
Os celulares da vítima, da filha e do marido desta foram apreendidos e serão periciados. Familiares relataram, conforme registro, que o marido ouviu vizinhos dizerem ter escutado uma voz feminina gritar "sai, Gustavo" ou "para, Gustavo", mas não soube identificar ninguém com esse nome; um possível envolvido chamado Gustavo ainda não foi localizado pelas investigações.
A polícia segue com perícias, análise de aparelhos e coleta de depoimentos para esclarecer a dinâmica do crime e concluir se houve participação de terceiros.