Fiscalização de ‘rabeira’ em ônibus de Ribeirão Preto é adiada; motoristas reclamam de risco e falta de ação

A decisão gerou irritação entre motoristas e representantes do transporte coletivo

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Nando Medeiros
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Fiscalização de ‘rabeira’ em ônibus de Ribeirão Preto é adiada; motoristas reclamam de risco e falta de ação

A RP Mobi adiou novamente o início da fiscalização contra a prática de 'rabeira' em ônibus de Ribeirão Preto, alegando problema técnico-operacional e sem informar nova data para começar as ações. A decisão gerou irritação entre motoristas e representantes do transporte coletivo, que afirmam que os episódios de violência e dano aos veículos continuam ocorrendo.

O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Alcides Lopes, declarou nesta terça-feira (7) que as ocorrências não diminuíram e têm sido motivo de preocupação constante entre os condutores. Segundo ele, ataques recentes mostram que a falta de fiscalização é interpretada como permissividade, e o sindicato avalia até suspender circulação de algumas linhas para proteger trabalhadores.

Na última semana, um ônibus foi apedrejado no Parque dos Pinus, na zona Norte; Lopes informou ainda que na segunda-feira houve mais dois registros de agressão. No total, o sindicato contabiliza oito incidentes do tipo no último mês. Os motoristas relatam sensação de insegurança em diversas regiões da cidade e pedem atuação mais efetiva do poder público.

A legislação municipal que coíbe a prática prevê agravamento da multa em caso de reincidência e inclui acionamento do Conselho Tutelar para responsabilizar pais ou responsáveis por menores envolvidos. O diretor de transporte da RP Mobi, Guilherme Marçal, afirmou que a intenção é aumentar o impacto financeiro sobre quem comete a infração, para desestimular a continuidade do ato.

Além das penalidades, a norma estabelece cobrança de uma Ufesp (R$ 37,02) por dia pelo recolhimento do veículo em pátio municipal e mais duas Ufesps (R$ 74,04) para a liberação do veículo. A prefeitura e a RP Mobi ainda não informaram cronograma para retomar a fiscalização nem detalharam as soluções técnicas que motivaram o adiamento.