Neste agosto, celebrado como Mês da Gestante, clínicas e especialistas de Ribeirão Preto reforçam a importância da fisioterapia obstétrica para reduzir desconfortos da gravidez e acelerar a recuperação após o parto. Profissionais afirmam que o acompanhamento deve começar cedo, idealmente antes da gravidez, e não apenas nas últimas semanas.
A fisioterapeuta Daniella Leiros, com doutorado em Ginecologia e Obstetrícia pela USP Ribeirão Preto e pós-doutorado na UFSCar, observa que muitos encaminhamentos só chegam por volta das 34 semanas, quando já há menos tempo para prevenção. Segundo ela, iniciar a fisioterapia desde os primeiros meses ajuda a evitar problemas como diástase abdominal, incontinência urinária, dores lombares e alterações posturais, além de melhorar a circulação, a mobilidade pélvica e a respiração, fatores que influenciam também no trabalho de parto.
No período pós-parto, o foco passa para o fortalecimento do abdome e do assoalho pélvico, prevenção de dores crônicas e suporte à amamentação. Técnicas de reeducação postural e toque terapêutico são citadas como recursos que aliviam tensões, reduzem inflamações nas mamas e contribuem para um vínculo mais confortável entre mãe e bebê.
A experiência de quem faz o acompanhamento confirma os benefícios. Moradora de Ribeirão Preto, a gerente de compras Ana Flávia Ramos, 37 anos, iniciou sessões no segundo mês de gestação e, já no oitavo mês, relata menos dores e maior segurança para manter as atividades diárias. Ela também destaca o aspecto emocional do atendimento, que trouxe tranquilidade durante a gestação.
Especialistas locais recomendam que gestantes ou mulheres que planejam engravidar procurem avaliação fisioterapêutica para orientar exercícios e medidas preventivas personalizadas. Além de reduzir desconfortos, a intervenção precoce pode otimizar a recuperação pós-parto e a retomada das rotinas familiares e profissionais.
