Agentes da Polícia Federal, da Receita Federal e da ANP realizaram a Operação Alquimia, que teve como objetivo identificar a origem do metanol relacionado à falsificação de bebidas alcoólicas e verificar possível conexão com apreensões anteriores.
As equipes efetuaram coletas de elementos e amostras em Morro Agudo e em outras 20 cidades distribuídas por cinco estados, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, conforme informado pelas autoridades. Segundo os órgãos envolvidos, as inspeções se concentraram em pontos da cadeia que podem explicar a entrada e o desvio do metanol: importadores, terminais marítimos, empresas químicas, destilarias e usinas.
Os materiais recolhidos serão analisados no Instituto Nacional de Criminalística para apuração da procedência e comparação com amostras já obtidas pela Polícia Federal e por órgãos reguladores. A operação é um desdobramento das investigações iniciadas nas operações Boyle e Carbono Oculto, que investigaram adulteração de combustíveis com metanol e identificaram um esquema de desvio do insumo por meio de empresas de fachada e postos de combustíveis.
As investigações apontam indícios de que esse metanol adulterado passou a ser empregado na produção clandestina de bebidas, gerando risco à saúde pública. Até o momento a Receita informou que não divulgaria os nomes das empresas alvo das coletas.
As autoridades afirmaram também que as apurações seguem para estabelecer possíveis vínculos entre o esquema de adulteração de combustíveis e a fabricação de bebidas ilícitas, além de identificar responsabilidades criminais e administrativas. As análises laboratoriais e os próximos desdobramentos da operação foram anunciados como parte contínua das investigações.