O ator Francisco Cuoco, com mais de seis décadas de carreira no teatro, cinema e televisão, faleceu aos 91 anos devido a falência múltipla dos órgãos.
Nascido em 29 de novembro de 1933, no bairro do Brás, em São Paulo, Cuoco deixa três filhos: Tatiana, Rodrigo e Diogo. O velório, no Funeral Home, localizado na Bela Vista, em São Paulo acontece com cerimônia restrita a familiares e amigos.
Inicialmente ingressou no curso de Direito, mas aos 20 anos optou pela Escola de Arte Dramática de São Paulo, onde se formou quatro anos depois. Em seguida, integrou o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e, em 1959, passou a fazer parte do Teatro dos Sete, ao lado de nomes como Fernanda Montenegro e Ítalo Rossi.
Cuoco iniciou sua trajetória na televisão no programa “Grande Teatro Tupi”, que adaptava peças teatrais para o formato ao vivo. Sua estreia em novelas aconteceu em 1964, na TV Record, com “Marcados pelo Amor”. Entre os trabalhos de destaque, estão “Redenção” (1966), “Legião dos Esquecidos” (1968) e sua primeira novela na Globo, “Assim na Terra Como no Céu” (1970), onde interpretou o padre Vitor.
O artista se destacou em personagens criados especialmente para ele pela renomada autora Janete Clair, como Cristiano Vilhena em “Selva de Pedra” (1972) e o carismático taxista Carlão em “Pecado Capital” (1975). Na mesma novela, participou do remake em 1998, assumindo o papel de Salviano Lisboa.
Além da televisão, Cuoco dedicou-se ao cinema entre o fim dos anos 1990 e o início dos anos 2000, atuando em filmes como “Traição” (1998), “Gêmeas” (1999) e “Cafundó” (2005). Em 2005, retornou ao teatro com a peça “Três Homens Baixos”. Seu último trabalho na TV foi em 2023, na série “No Corre”, do Multishow.
Francisco Cuoco era reconhecido por sua inteligência cênica e pelo cuidado em desenvolver personagens com profundidade e autenticidade, influenciando várias gerações de atores. Sua contribuição para a cultura brasileira permanece como legado em sua vasta obra artística.
