Diretor, cenógrafo e figurinista, Gabriel é conhecido por sua teatralidade barroca e fortes traços de brasilidade; possui mais de 50 espetáculos encenados
Fotos: Divulgação
Começa nesta sexta-feira, dia 18 de agosto, o 7° Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto, com o premiado musical Brenda Lee e o Palácio das Princesas, às 20h, no Teatro Municipal (Via São Bento – Campos Elísios). E nesta edição, o diretor, cenógrafo e figurinista Gabriel Villela será o homenageada.
Conhecido por sua teatralidade barroca e fortes traços de brasilidade com mais de 50 espetáculos encenados, Gabriel Villela tem como característica forte a mistura entre uma formação erudita e a ligação com Minas Gerais. Estudou Direção Teatral na Universidade de São Paulo.
“Gabriel Villela é o diretor que melhor e mais retrata o Brasil e, consequentemente, Ribeirão Preto está inclusa em suas obras. Para além disso, seus laços fraternos, familiares e de amor com o município fortalecem nossa relação. Nossa cidade esteve sempre presente no cronograma de apresentações dos seus espetáculos, o que contribuiu para a formação de plateia e artística local. Nada mais justo agora de destinarmos a ele, este reconhecimento e homenagem”, afirmou Pedro Leão, secretário da Cultura e Turismo.
Em sua extensa produção, coleciona críticas positivas e prêmios, como Molière, Sharp, Shell, Troféu Mambembe, APCA, entre outros com espetáculos exuberantes, que derivam de textos de autores clássicos como Shakespeare, Schiller e Beckett, mas também de um mundo mais prosaico e particular, no qual se revela sua mineiridade. A inspiração do circo e a narrativa épica são características marcantes de seu teatro.
Sobre Gabriel Villela
Gabriel tornou-se um dos mais renomados diretores teatrais com reconhecimento internacional, sendo convidado a participar de Festivais nos EUA, Europa e América Latina. Com o Grupo Galpão (Romeu e Julieta), Villela foi convidado para uma temporada no Globe Theatre, em Londres, conquistando a crítica e o exigente público londrino. O espetáculo voltou a Londres em 2012 para participar da Olimpíada Cultural, evento paralelo aos Jogos Olímpicos de 2012.
Encenou Pirandello (Henrique IV e Os Gigantes da Montanha), Camus (Estado de Sitio e Calígula), Heiner Muller (Relações Perigosas), Calderón de La Barca (A Vida é Sonho), Schiller (Mary Stuart), William Shakespeare, Strindberg (O Sonho) e Eurípides (Hécuba), e os dramaturgos brasileiros Nélson Rodrigues (Boca de Ouro, A Falecida e Vestido de Noiva), Arthur Azevedo (O Mambembe), João Cabral de Melo Neto (Morte e Vida Severina), Luís Alberto de Abreu (A Guerra Santa), Ariano Suassuna (Auto da Compadecida) e Alcides Nogueira (Ventania, A Ponte e A Água de Piscina).
Foi diretor artístico do Teatro Glória/RJ (1997/99) e também do Teatro Brasileiro de Comédia/SP (2000/01). Dirigiu musicais, óperas, companhias de dança e especiais para TV.
Na Dança, acabou de dirigir a G2 Cia de Dança do Balé do Teatro Guaira montando “GAG, sobre o Teatro de Marionetes” baseado na obra de Kleist. Seus últimos trabalhos no teatro foram com os grupos teatrais Os Geraldos (Cordel do Amor Sem Fim e Ubu Rei) e Maria Cutia (O Auto da Compadecida).
7º Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto
O Festival, que será realizado gratuitamente de 18 de agosto a 6 de setembro, recebeu nesta edição, mais de 300 inscrições de grupos, espetáculos e atividades cênicas, sendo 282 inscrições para participar das Mostras Nacional e Local e 32 para atividades que possuem projetos aprovados via leis de incentivo.
O objetivo é promover o intercâmbio de companhias e grupos teatrais para fomento e aproximação do público com a produção local nas mais diferentes manifestações cênicas e contribuir para o desdobramento estético e de linguagens inovadoras.
O Festival é um evento de artes cênicas, de abrangência nacional, que envolve artistas, grupos selecionados e convidados, promovendo a valorização da diversidade cultural de Ribeirão Preto, formação de plateias e o intercâmbio artístico em um grande encontro da cena cultural.
Para a Mostra Nacional, foram selecionados os espetáculos “Moby Dick e os caçadores de Baleia”; “Bichos do Brasil”; “Órfãs de Dinheiro”; “Kizomba pra Preto – A Ópera do Carnaval” e “Candelária”. Já a Mostra Local teve como selecionados os seguintes espetáculos: “A Casa de Bernarda Alba”; “A garota que guiava trens no de repente de uma tragédia sem tamanho”; “A Gata Borralheira – Uma Farsa Mineira”; “Antropotomia” e “A Tribo”.