Governo de SP amplia compras de café de cooperativas de Ribeirão Preto para proteger produtores diante de tarifação externa

Já foram compradas cerca de 8 toneladas de café torrado e moído destinadas a abastecer hospitais, escolas, penitenciárias e outros prédios da administração estadual

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Nando Medeiros
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Governo de SP amplia compras de café de cooperativas de Ribeirão Preto para proteger produtores diante de tarifação externa

O Governo de São Paulo ampliou a aquisição de café produzido por cooperativas da região de Ribeirão Preto como resposta às medidas tarifárias impostas pelos Estados Unidos. A compra está sendo feita por meio de cinco chamados públicos do PPAIS (Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social), que também inclui cooperativas da região de Bauru.

Até 31 de agosto de 2025 já foram compradas cerca de 8 toneladas de café torrado e moído destinadas a abastecer hospitais, escolas, penitenciárias e outros prédios da administração estadual. A secretaria responsável estima que, se mantido o ritmo, as aquisições podem chegar a R$ 1 milhão até o final de 2025.

A iniciativa tem por objetivo garantir mercado interno e oferecer previsibilidade de renda aos pequenos produtores diante da instabilidade nas exportações provocada pelas barreiras comerciais externas. A inclusão do café no PPAIS decorre de um plano de fortalecimento do cooperativismo firmado entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo e a OCESP (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo).

Somente em 2025, o PPAIS movimentou aproximadamente R$ 36,5 milhões em compras da agricultura familiar, resultado que representa um avanço de 71% em relação a 2024. Atualmente, cerca de 40 cooperativas participam do programa.

Segundo a gestão do programa, a ampliação cria alternativas de escoamento no mercado interno e contribui para a manutenção da renda das famílias agricultoras ao reduzir a dependência das vendas externas.

No mercado internacional, as exportações de café do estado também registraram desempenho forte no acumulado de janeiro a julho de 2025: US$ 1,10 bilhão, equivalente a 6,8% do total do agronegócio paulista e colocando o café na sexta posição entre os principais grupos exportadores. O café verde respondeu por 74,4% do valor exportado, seguido pelo café solúvel com 21,4%, e o setor cresceu 49,6% ante o mesmo período de 2024.