A Secretaria de Saúde de São Paulo determinou um corte de 12% nas verbas para entidades filantrópicas e Santas Casas do estado.

A resolução foi publicada no Diário Oficial no dia 05 de janeiro e estipulou um prazo de 40 dias para entrar em vigor, ou seja, a partir de março, a verba recebida pelos hospitais será 12% menor.

De acordo com a resolução, a medida foi adotada por causa da “necessidade de ajuste orçamentário de custeio”, além da implementação de recursos na aquisição de insumos e contratações de emergência para o combate da pandemia da Covid-19 dentre outros fatores que teria culminado na redução de 12% na verba mensal de todo convênio de subvenção não relacionado ao combate do coronavírus.

As verbas recebidas pela Santa Casa de Sertãozinho somavam R$360.300,00 através de convênios com o Pró-Santas Casas e o Santas Casas Sustentáveis.

Agora, com o corte de verba de 12% anunciada pelo governo, esse valor cairá para R$317.064,00, uma diferença negativa de R$43.236,00. Em um ano, esse corte representa mais de meio milhão, mais precisamente R$518.832,00, valor esse que pode afetar futuramente os atendimentos prestados até o momento, como esclareceu o Provedor da Santa Casa, José Carlos Simões.

“Já é sabido que as Santas Casas trabalham com dificuldades financeiras para conseguir realizar todos os atendimentos diários, 24 horas, principalmente agora, nessa época de pandemia pela qual estamos passando, então essa diminuição poderá impactar futuramente nos atendimentos prestados, afinal, a Santa Casa não tem um capital de giro para suprir essa diferença. Para resolver a situação, nós da Diretoria estamos em contato com o Prefeito para viabilizar o pagamento desse montante através de verba municipal e não prejudicar os atendimentos necessários, mas o ideal mesmo seria que a Secretaria revogasse essa medida e não aplicasse esse corte que vai prejudicar não só os pacientes atendidos aqui na Santa Casa de Sertãozinho como em todo o estado. Não estamos medindo esforços e vamos nos unir cada vez mais para mostrar ao governo que a população será muito prejudicada com esse corte. Estamos em conversa com os órgãos competentes e esperamos que essa medida seja revogada o quanto antes”, comentou Simões