O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a disponibilizar o implante contraceptivo Implanon, conforme decisão anunciada pelo Ministério da Saúde em reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).
A portaria oficializando a inclusão do método deve ser publicada em breve, com previsão de início da oferta nas unidades básicas de saúde (UBS) a partir do segundo semestre deste ano.
O implante, que atua por até três anos e apresenta alta eficácia, será distribuído em cerca de 1,8 milhão de unidades, sendo 500 mil previstas para este ano, com investimento estimado em R$ 245 milhões.
Atualmente, o custo do dispositivo varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil por unidade. Para garantir o uso adequado, o Ministério da Saúde planeja capacitar médicos e enfermeiros para a inserção e remoção do implante, ressaltando que a fertilidade retorna rapidamente após a retirada.
O Implanon integra os contraceptivos reversíveis de longa duração (Larc), considerados seguros e eficazes, e amplia as opções disponíveis no SUS, que já oferece métodos como DIU de cobre, anticoncepcionais orais e injetáveis, preservativos, laqueadura tubária e vasectomia.
A pasta destacou ainda que apenas os preservativos previnem infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A iniciativa também contribui para a redução da mortalidade materna, alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que visam diminuir em 25% a mortalidade materna geral e em 50% a mortalidade entre mulheres negras até 2027.