O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo mostrou que a carga tributária brasileira avançou em 2025 e o indicador nacional caminhava para perto dos R$ 4 trilhões. Segundo dados do painel, o total acumulado no ano estava em R$ 3.839.520.286.854,79.
A entidade lembra que a marca de R$ 3 trilhões foi atingida em outubro, cerca de 25 dias antes do observado em 2024, e projeta crescimento médio de 9,72% na arrecadação para 2025. Pela projeção do Impostômetro, o país poderia encerrar o ano em torno de R$ 3.985.305.326.876,67, número que refletiria aumento de quase 10% em relação a 2024.
A composição inclui tributos federais, estaduais e municipais, além de multas, juros e correção monetária. Em âmbito local, Ribeirão Preto também registrou elevação da arrecadação. No acumulado até 19 de dezembro de 2025, os contribuintes da cidade haviam pagado R$ 1.632.821.689,20 em tributos, R$ 144,5 milhões a mais do que no mesmo período de 2024, alta de 9,91%.
O Impostômetro estimou que o município encerraria dezembro em R$ 160.160.421,16 e todo o ano em R$ 1.694.819.271,58, o que representaria acréscimo de R$ 150.142.574,91 (9,72%) sobre 2024. O levantamento detalha os valores mensais de Ribeirão Preto em 2025: janeiro (R$ 175,75 milhões), fevereiro (R$ 125,08 milhões), março (R$ 129,65 milhões), abril (R$ 147,28 milhões), maio (R$ 128,64 milhões), junho (R$ 131,69 milhões), julho (R$ 141,86 milhões), agosto (R$ 132,87 milhões), setembro (R$ 132,20 milhões), outubro (R$ 150,84 milhões), novembro (R$ 138,81 milhões) e dezembro, até o dia 19, com R$ 98,16 milhões.
Considerando a população estimada em 731.639 moradores, a média per capita apontada pelo painel para 2025 ficou em R$ 2.231,73, ante R$ 2.043,27 no mesmo período de 2024, aumento de 9,22%. Para comparação histórica, o Impostômetro mostra que Ribeirão Preto fechou 2024 com R$ 1.544.676.696,67 arrecadados, crescimento de 18,73% sobre 2023.
O método de cálculo do Impostômetro, produzido pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação para a ACSP, considera o total de tributos recolhidos e divide parte deles entre União, Estados e municípios (na estimativa do painel, 65% ficam com a União, 28% com os Estados e 7% com os municípios).
A metodologia é alvo de questionamentos por órgãos como a União, Estados, municípios e Ipea, mas segue como referência para acompanhar a evolução da arrecadação.