A Secretaria Municipal de Saúde de Leme confirmou que duas pessoas morreram em decorrência de febre maculosa na semana passada. Não foram divulgadas informações sobre identidade, gênero ou idade das vítimas. Segundo a administração, as equipes técnicas do município acionaram imediatamente o Setor de Vigilância Epidemiológica e Zoonoses e adotaram medidas de controle e monitoramento após a notificação dos casos.
Autoridades estaduais e municipais alertam que o interior paulista segue registrando surtos da doença transmitida por carrapatos. Em 2025, a cidade de Salto, a cerca de 90 km de Leme, registrou três óbitos; a prefeitura chegou a interditar um parque depois de constatar que duas das vítimas frequentavam o local.
Dados oficiais apontavam 36 casos de febre maculosa no estado com 18 mortes contabilizadas até outubro; com as ocorrências mais recentes, o total de óbitos subiu para 20 neste ano. No ano anterior, 2024, foram registrados 72 casos e 26 mortes em todo o estado.
A febre maculosa é causada por bactérias do gênero Rickettsia e transmitida pela picada de carrapatos encontrados em animais domésticos, gado e áreas de vegetação. Os sintomas costumam surgir com febre súbita, dores de cabeça, dores articulares, fraqueza e cansaço; entre o terceiro e quinto dia podem surgir erupções na pele, inicialmente nos punhos e tornozelos, que às vezes se espalham.
A Secretaria de Estado da Saúde lembra que menos de 1% dos carrapatos-estrela estão infectados, mas recomenda atenção e medidas preventivas: evitar áreas com muita vegetação ou presença de carrapatos, usar roupas compridas e calçados fechados, inspecionar o corpo após permanência em áreas de risco e remover o carrapato corretamente sem esmagá‑lo.
A prefeitura de Leme informou que seguirá com ações de vigilância e orientações à população para reduzir riscos e pede que moradores com sintomas procurem atendimento médico imediato.