Marcela Silva de Almeida, suspeita de envolvimento no desaparecimento do empresário Nelson Carreira Filho, teve sua liberdade concedida pela Justiça.

O empresário de 44 anos desapareceu após uma reunião de negócios em Cravinhos no dia 16 de maio. Marcela, esposa de Marlon Couto, principal suspeito de ter assassinado Nelson e descartado o corpo no rio Pardo, em Miguelópolis, havia se entregado à polícia em 4 de junho e permaneceu presa na Cadeia de Santa Rosa de Viterbo até a soltura.

Ela nega qualquer participação no crime, enquanto o corpo da vítima ainda não foi encontrado e Marlon segue foragido. Paralelamente, a Polícia Civil ampliou as investigações para Murilo Couto Paula, irmão de Marlon, que pode estar envolvido no caso. Câmeras de segurança registraram Murilo na praça de pedágio de Sales Oliveira com o carro do irmão no dia do desaparecimento. Além disso, ele teria pago um serviço de dedetização na empresa de Marlon justamente na data do encontro com Nelson, o que levanta suspeitas de que o local foi esvaziado para facilitar uma emboscada.

O delegado Heitor Moreira Assis informou que o inquérito deverá ser concluído em breve, com a possível prorrogação da prisão temporária de Tadeu Almeida, gerente da empresa de Marlon, que admitiu ter ajudado a ocultar o corpo do empresário.

Segundo as investigações, Nelson cobrou R$ 100 mil de Marlon pelo uso indevido de uma marca patenteada de suplementos para emagrecimento, motivo que teria desencadeado o crime. Felipe Miranda, preso em Uberlândia (MG), também é apontado como cúmplice no descarte do corpo.

A Polícia Científica encontrou vestígios de sangue em uma caminhonete usada para transportar a vítima. As autoridades seguem em busca do empresário e do principal suspeito, Marlon Couto.