Ministério Público e órgãos reforçam ações contra incêndios na região de Ribeirão Preto

Com a umidade em declínio e previsão de dias mais quentes, órgãos públicos reforçam ações especialmente para o período de agosto e setembro

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Nando Medeiros
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Ministério Público e órgãos reforçam ações contra incêndios na região de Ribeirão Preto

Com a temporada de risco em curso, autoridades de Ribeirão Preto e região intensificaram medidas de prevenção a queimadas e pediram apoio da população para identificar criminosos ambientais. A promotora Cláudia Habib, do Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente), orientou que denúncias, inclusive anônimas, com envio de fotos e vídeos ao Ministério Público ou à imprensa, levam à abertura imediata de inquérito civil e à remessa para a polícia, podendo resultar em processos criminais com pena de até seis anos de prisão para quem atear fogo.

Os episódios de 2024 ainda são lembrados como alerta: no segundo semestre daquele ano o interior paulista teve um recorde de focos de incêndio, e quase metade da área queimada, 328,2 mil hectares, ocorreu em apenas um dia, 23 de agosto de 2024. Na ocasião, as autoridades atribuíram a extensão dos incêndios à combinação extrema de baixa umidade, altas temperaturas e ventos fortes, chamada de "triplo 30" (umidade relativa abaixo de 30%, temperaturas acima de 30 °C e ventos acima de 30 km/h).

Com a umidade em declínio e previsão de dias mais quentes, órgãos públicos reforçam ações especialmente para o período de agosto e setembro. Entre as medidas estão patrulhamento e fiscalização em rodovias próximas a canaviais, com uso de drones, retirada de materiais combustíveis das margens das estradas e antecipação da colheita da cana em áreas apontadas como de risco pelo Corpo de Bombeiros.

As defesas civis municipais têm recebido treinamento e equipamentos, e realizam vigilância conjunta com bombeiros e proprietários rurais. Em propriedades como uma vinícola de Ribeirão Preto, a experiência das chamas em 2024 levou à adoção de aceiros mais largos, rondas preventivas, brigada interna e manutenção constante de veículos e equipamentos para resposta rápida.

O Ministério Público reforça que a colaboração dos moradores é fundamental para a identificação de condutas criminosas e que relatos com provas visuais aceleram investigações. Enquanto isso, equipes seguem em prontidão para reduzir riscos e evitar novos grandes focos na região.