Jeniffer Souza Batista, acusada de agredir crianças em uma creche clandestina em Sertãozinho, foi presa após ser considerada foragida desde a decretação de sua prisão preventiva em maio.
A captura ocorreu em Pontal, onde a mulher foi levada à cadeia. As denúncias sobre as agressões vieram à tona em 2024, quando uma adolescente, contratada para ajudar na limpeza e cuidados com os menores, filmou algumas das agressões e alertou os pais. A creche, que funcionava sem autorização da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros, estava localizada no bairro Jardim Liberdade e recebia crianças de meses até 4 anos.
Segundo a promotora Marília Bononi Francisco, Jeniffer ainda contratou duas adolescentes, de 13 e 15 anos, para trabalhar de forma ilegal, impondo a elas tarefas excessivas, como cuidar de até 14 crianças e manter a higiene do local em condições precárias.
A mulher enfrenta acusações de tortura contra nove crianças, discriminando especialmente dois irmãos com autismo, além de constrangimento por conta das adolescentes contratadas. Informações reveladas pela promotora indicam que as crianças não recebiam alimentação adequada, com relatos de que Jeniffer dividia uma única marmita entre todas, prejudicando a saúde dos menores. O caso está sob acompanhamento do Conselho Tutelar de Sertãozinho e a creche já foi fechada após as denúncias.