A construção da nova Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto, que começou em fevereiro de 2025, está atrelada a importantes modificações na mobilidade urbana da zona Sul da cidade. O projeto inclui o prolongamento da avenida Lygia Latuf Salomão, que facilitará o acesso a quatro das futuras entradas da unidade hospitalar. Além disso, a avenida Independência também será uma das rotas de chegada ao novo complexo.

O prolongamento da Lygia Latuf Salomão conectará a rotatória da praça Nadir Freitas Monteiro da Silva até a avenida Adelmo Perdizza, que foi recentemente duplicada. De acordo com a Secretaria de Planejamento, o projeto de engenharia para essa extensão está em uma fase avançada de desenvolvimento. O estudo de impacto da nova unidade hospitalar foi finalizado no final de maio, confirmando a viabilidade da obra viária para acomodar o novo fluxo urbano e hospitalar na região.

Com um investimento estimado em R$ 526,3 milhões, a nova unidade ocupará uma área de quase 58 mil metros quadrados em um terreno adquirido pela USP. A construção será realizada em duas etapas, com a primeira fase recebendo R$ 64 milhões — parte desse valor proveniente do Tesouro Estadual e o restante de emendas parlamentares. O novo hospital ampliará significativamente a capacidade de atendimento do atual HC, adicionando 217 leitos aos 183 já existentes.

A nova estrutura oferecerá atendimento em diversas especialidades, incluindo medicina de emergência, neurologia, traumatologia ortopédica, neurocirurgia, pediatria, entre outras. Além dos setores de urgência e emergência, a unidade contará com centros cirúrgicos, leitos de CTI adulto e infantil, área para queimados e espaços voltados à saúde mental, que incluirão apoio psicológico e assistência social.

O projeto também prevê a criação de um amplo complexo de saúde e serviços públicos. O Conselho Universitário da USP votou recentemente a favor da aquisição definitiva da área de 795 mil metros quadrados, que deverá abrigar escritórios jurídicos, laboratórios, uma farmácia universitária, um museu, e promover a integração com o Hospital Estadual de Ribeirão Preto. O antigo Hospital Santa Tereza será transformado em um centro especializado em saúde mental.