O assassinato de Nelson Francisco Carreira Filho, que ocorreu em 16 de maio em uma fábrica de suplementos em Cravinhos, continua a gerar repercussão.

Recentemente, o irmão da vítima fez declarações que lançaram luz sobre os conflitos comerciais que Nelson enfrentava com seu sócio, Marlon Couto Paula Júnior, o qual confessou o crime. O irmão revelou que Marlon utilizava indevidamente uma marca registrada por Nelson e não repassava os valores acordados das vendas, causando desentendimentos entre os dois.

Segundo o relato, Marlon estaria obtendo um faturamento de até R$ 800 mil mensais, mas repassava apenas uma pequena parte a Nelson. "Ele estava vendendo um valor e falando para o meu irmão outro", declarou o irmão, que optou por não se identificar. Além disso, a relação entre os empresários se deteriorou devido a divergências sobre a venda de substâncias como o 'arrebite', um estimulante que Nelson se opunha a comercializar.

Em uma carta divulgada pela defesa de Marlon, ele alegou que Nelson teria registrado produtos que ele desenvolveu e que passou a fazer exigências financeiras, além de supostas ameaças. Desde que a Justiça decretou a prisão de Marlon e sua esposa, o casal está foragido. O corpo de Nelson, que supostamente foi jogado no rio Grande, em Miguelópolis, ainda não foi encontrado. O advogado de Marlon, Nathan Castelo Branco, comentou sobre o desaparecimento do casal, afirmando: "Não sei onde ele está. O casal desapareceu após ter recebido ameaças."