O Governo de São Paulo informou que oito municípios da região de Ribeirão Preto já estão integrados ao Muralha Paulista, plataforma estadual que conecta câmeras públicas e privadas para acelerar a identificação de crimes e veículos roubados. Batatais, Bebedouro, Cajuru, Itápolis, Olímpia, Rifaina, Serrana e Monte Azul Paulista passam a enviar imagens ao sistema central.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o sistema reúne hoje mais de 38 mil câmeras integradas, com recursos de leitura automática de placas e reconhecimento facial. As imagens são cruzadas com as bases da pasta e disparam alertas em tempo real quando há correspondência com veículos furtados, roubados ou pessoas procuradas pela Justiça, o que, segundo a secretaria, amplia a rapidez das ações policiais.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou que a iniciativa funciona como uma “malha” de monitoramento que aproveita equipamentos já existentes e incorpora novas fontes de imagem para facilitar investigações e prisões. Ele também enfatizou que a participação é gratuita e aberta a entidades e moradores que possuem câmeras voltadas para vias públicas.
O cadastro pode ser feito no portal da SSP ou diretamente pelo site do programa (www.muralhapaulista.sp.gov.br). Pessoas físicas e jurídicas com dispositivos apontados para a rua podem integrar o sistema, cujo objetivo é somar dados para apoiar as forças de segurança locais.
A secretaria afirmou ainda que o Muralha Paulista respeita a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e que a iniciativa recebeu pareceres da Procuradoria-Geral do Estado e acompanhamento da Autoridade Nacional de Proteção de Dados. Segundo a pasta, as regras de privacidade e controle de acesso foram definidas para resguardar direitos individuais.
O governo paulista informou que pretende ampliar a cobertura para todos os 645 municípios do estado, incluindo localidades sem infraestrutura de câmeras. Para isso, está prevista uma licitação para locação de equipamentos, com a meta de ampliar a presença tecnológica e criar uma malha contínua de monitoramento em todo o território estadual a partir de 2026.