O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo deflagrou a Operação Antígeno, que prendeu compulsoriamente ativos e cumpriu mandados contra uma quadrilha investigada por comercializar medicamentos falsificados ou de procedência desconhecida e por lavagem de dinheiro. As apurações começaram em Ribeirão Preto depois que um hospital da região detectou um lote de imunoterápicos com indícios de falsificação.
Nesta foram executados 12 mandados de busca e apreensão em endereços nos estados do Rio de Janeiro e de Goiás. A Justiça autorizou o bloqueio de R$ 15 milhões das contas dos investigados e de empresas ligadas ao grupo, além do sequestro de imóveis e veículos e da apreensão de dinheiro em espécie. Também houve determinação para suspensão das atividades de companhias que teriam servido para ocultar recursos.
Segundo o Gaeco, a organização criminosa, com atuação principal no Rio de Janeiro e em Goiás, fornecia medicamentos de alto custo, destinados a tratamentos de doenças graves como o câncer, a hospitais de diferentes unidades da Federação. As investigações apontam que o grupo usava empresas de fachada para dissimular valores e caracterizar operações de lavagem de capitais.
O objetivo da operação foi interromper a circulação desses fármacos ilícitos e possibilitar a recuperação dos bens e recursos obtidos ilegalmente. As diligências continuam: o material apreendido será analisado e novas medidas podem ser adotadas conforme os resultados das perícias e das investigações em curso.