O Ministério Público de São Paulo, por meio do Gaeco, em ação conjunta com a Polícia Militar deflagrou a Operação Pesticida a partir de Franca para desmantelar um grupo dedicado à produção e comercialização de agrotóxicos falsificados. A mobilização cumpriu mandados em sete municípios de São Paulo e três de Minas Gerais.
Ao todo foram expedidos 25 mandados de prisão temporária e 90 de busca e apreensão. Cerca de 250 policiais militares, entre efetivos do 15º BPM/I e do 11º BAEP, apoiados por dezenas de promotores do Gaeco, atuaram nas diligências com mais de 65 viaturas. Durante a operação, 23 pessoas foram presas e cinco laboratórios clandestinos localizados em áreas rurais foram fechados.
As investigações, realizadas por Procedimentos Investigatórios Criminais, apontaram uma organização com estruturas bem definidas, núcleos de falsificação, gráfica e operadores financeiros responsáveis pela lavagem e ocultação dos recursos gerados. Em diligências anteriores, em julho, já haviam sido apreendidos cerca de 30 mil galões, tampas plásticas, moldes, matrizes de impressão e outros insumos usados na contrafação.
Nas ações desta quarta-feira foram recolhidos celulares, computadores, documentos, armas e munições, além de material para a falsificação de embalagens e rótulos; uma gráfica clandestina responsável pela impressão das etiquetas também foi fechada. Os agrotóxicos falsos foram encontrados nos laboratórios desativados na zona rural; os agentes ainda localizaram uma pequena plantação de maconha entre os locais vistoriados.
O Ministério Público destacou o risco elevado que os produtos falsificados oferecem à saúde pública, ao meio ambiente e ao setor produtivo, além dos prejuízos à arrecadação e à concorrência dos produtores regulares. As investigações permanecem em curso para identificar toda a cadeia de participação e responsabilizar os envolvidos conforme a legislação penal.