Para ficarem permanentemente niveladas, as pedras centenárias serão reassentadas sobre camadas de terra, brita, concreto armado e areia
Foto: Guilherme Sircili
Tombados pelos órgãos de preservação do patrimônio histórico e cultural, os paralelepípedos da avenida Nove de Julho começaram a ser retirados nesta segunda-feira, dia 26, no trecho em que a obra se concentra inicialmente, entre as ruas Marcondes Salgado e Garibaldi.
Antes de recolocar os paralelepípedos, a equipe da Construtora Metropolitana, contratada pela prefeitura para executar a obra, vai criar uma compactação de várias camadas no subleito para que as pedras centenárias não saiam mais do lugar, provocando os atuais desníveis que há tanto tempo têm incomodado motoristas e usuários de ônibus.
Depois de uma camada super compactada de terra, o solo vai receber brita, 12 centímetros de concreto armado e, por fim, areia compactada. Só depois, os paralelepípedos serão recolocados de forma alinhada.
Em cada trecho também serão feitos ajustes nas guias e sarjetas para construção de rampas de acesso a pessoas com mobilidade reduzida, tanto nas calçadas quanto nos canteiros.
Os canteiros também serão totalmente restaurados, com os ladrilhos portugueses que formam os mosaicos preto e branco retirados e recolocados, depois que os canteiros forem refeitos.
Cada trecho de dois quarteirões tem previsão de oito semanas para ficar pronto. Em seguida, aquele trecho é liberado para circulação de veículos e pedestres e os dois quarteirões seguintes são interditados para receber o mesmo tratamento.
Com data de entrega marcada para junho do ano que vem, a obra deve cobrir em um ano os dez quarteirões que formam os 2 km da avenida (1 km e 60 metros de cada lado).