Desde as 7 horas desta quarta-feira (16), profissionais da saúde vinculados ao estado iniciaram uma paralisação de 48 horas, reivindicando melhores condições de trabalho, reajuste salarial, regularização do INSS e a suspensão da privatização dos serviços públicos de saúde. A mobilização afeta unidades como o Hospital das Clínicas (HC) e o Hospital Santa Tereza, além de outros hospitais da região.

Segundo Edson Carlos Fedelino, diretor regional do Sindicato da Saúde Estadual (SindSaúdeSP), a greve foi decidida após a falta de negociações por parte do governo desde que a pauta de reivindicações foi entregue em fevereiro. Entre as principais queixas estão o não recolhimento do FGTS desde janeiro de 2025, problemas na atualização dos dados do INSS que afetam benefícios dos trabalhadores, e a defasagem do vale-alimentação, que permanece em R$ 12 por dia desde 2018.

O sindicato também contesta o reajuste salarial anunciado pelo governo estadual, afirmando que os ganhos não representam aumento real e que muitos profissionais continuam recebendo abaixo do piso previsto.

Para dar continuidade às negociações, foi agendada uma reunião para quinta-feira (17), às 10h, na Casa Civil, com a presença das secretarias envolvidas e do sindicato, para discutir formalmente os pleitos da categoria.

Por sua vez, o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto emitiu comunicado destacando que o Supremo Tribunal Federal (STF) não permite o direito de greve para servidores da saúde pública devido à essencialidade dos serviços prestados. O HC alerta que os dias parados serão descontados dos salários, sem direito ao vale-refeição, e que a ausência pode impactar negativamente o cálculo da bonificação por resultados. A administração reforçou o pedido para que os profissionais mantenham o atendimento e a qualidade dos serviços durante o período de paralisação.