A Polícia Civil de São Paulo reforçou o uso do mecanismo de takedown para retirar do ar páginas e anúncios usados em fraudes aproveitando as ofertas da Black Friday. A Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber) informou que passou a acionar com mais frequência as operadoras responsáveis pela infraestrutura da internet assim que identifica indícios de golpe, para bloquear endereços e reduzir o alcance das fraudes.
Segundo a corporação, o monitoramento é permanente e é realizado pelo Centro de Inteligência Cibernética da DCCiber. Quando há suspeita de atividade criminosa, a equipe procede com a retirada imediata das páginas. Além das ações de repressão, a Polícia Civil intensificou campanhas educativas nas redes sociais e distribuiu orientações para compras seguras no comércio eletrônico.
O delegado divisionário Paulo Eduardo Barbosa destacou que golpes com o uso de inteligência artificial, inclusive perfis e vídeos deepfake que simulam rostos e vozes de influenciadores, têm se tornado mais comuns. Nessas fraudes, a promessa de preço muito abaixo do mercado e entrega garantida leva consumidores a pagar por produtos que nunca chegam.
Para reduzir riscos, a DCCiber recomenda verificar a reputação do vendedor em sites de reclamação, checar se o endereço do site começa com “https” e confirmar a validade do certificado de segurança, evitar compras em redes wi‑fi públicas e privilegiar formas de pagamento com camadas adicionais de proteção — como cartão virtual, plataformas reconhecidas e autenticação em dois fatores. Também orienta desconfiar de links e anúncios que ofereçam promoções fora do padrão.
Em caso de golpe, a vítima deve comunicar imediatamente o banco e a operadora do cartão e registrar boletim de ocorrência, pela Delegacia Eletrônica ou presencialmente. A DCCiber funciona no Palácio da Polícia Civil, na Rua Brigadeiro Tobias, 527, Centro de São Paulo, mas qualquer unidade policial do estado pode receber a ocorrência.
