Polícia Civil investiga esquema fraudulento da B&B Capital que lesou investidores em Ribeirão Preto

O setor de inteligência da Polícia Civil apurou que a B&B Capital, escritório de investimentos em Ribeirão Preto, operava um esquema fraudulento, conforme revelou o advogado Leonardo Pontes, representante de 20 vítimas

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Nando Medeiros
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Polícia Civil investiga esquema fraudulento da B&B Capital que lesou investidores em Ribeirão Preto

O setor de inteligência da Polícia Civil apurou que a B&B Capital, escritório de investimentos em Ribeirão Preto, operava um esquema fraudulento, conforme revelou o advogado Leonardo Pontes, representante de 20 vítimas.

Segundo ele, os recursos aplicados pelos investidores não eram destinados conforme prometido. Grande parte do dinheiro era usada para pagar resgates a clientes que solicitavam retiradas, enquanto valores significativos eram desviados para os gestores da empresa.

As vítimas foram atraídas por promessas de rendimentos superiores aos praticados no mercado, acreditando que seus investimentos eram realizados por meio da BMF Bovespa e produtos de renda fixa. O principal suspeito, Andre Luis de Jesus Rosa, segue foragido mesmo após a expedição de dois mandados de prisão. A defesa dele não foi localizada para comentar o caso.

A denúncia do Ministério Público destacou que o relatório obtido detalha movimentações financeiras volumosas, envolvendo milhões de reais em curtos períodos, evidenciando o caráter constante e expressivo das operações.

Esse documento deve acelerar as investigações e facilitar o ressarcimento das vítimas. Conforme Pontes, os investidores que se habilitarem terão acesso a informações que permitem identificar os responsáveis e a extensão do envolvimento na fraude, possibilitando ações civis para reparação de danos materiais e morais.

A B&B Capital oferecia contratos de administração de investimentos, prometendo rentabilidade mínima mensal de 2,5% sobre o capital investido, com cobrança de 50% sobre os ganhos. O investimento inicial exigido era de pelo menos R$ 10 mil, com garantia de resgate total ou parcial sem descontos, mediante aviso até o dia 5 de cada mês e pagamento em até três dias úteis.

Extratos obtidos indicam rendimentos inconsistentes e atualizações frequentes, reforçando suspeitas sobre a legitimidade das operações. A investigação segue em andamento enquanto as vítimas aguardam medidas para reaver os valores aplicados.