As apurações sobre o falecimento da veterinária Nathália Garnica, ocorrido em 9 de fevereiro em Pontal, estão próximas da conclusão.
Segundo o delegado José Carvalho de Araújo Junior, as evidências reforçam que a morte foi causada por envenenamento e que a hipótese de suicídio está descartada, uma vez que Nathália tinha planos futuros, como retomar a convivência com o marido, constituir família e realizar uma viagem na semana seguinte ao ocorrido.
A investigação aponta que a mãe da vítima, Elizabete Arrabaça, é a principal suspeita do crime. Um ponto que chamou atenção das autoridades foi a insistência de Elizabete em acompanhar o horário de chegada da filha no dia da morte, além das diversas ligações feitas para Nathália naquela data, o que, segundo o delegado, sugere que a mãe teria preparado o momento para que a filha ingerisse o veneno.
A motivação financeira é considerada o fator central que teria levado ao crime. Conflitos entre mãe e filha sobre planos pessoais e a divisão de herança foram destacados como elementos determinantes para o desfecho trágico. Além disso, os irmãos de Nathália, Luiz Garnica e Viviane Garnica, estão sendo investigados por possível fraude processual, suspeita de terem manipulado a cena do crime antes da chegada do socorro.
Os celulares das pessoas presentes no local estão sendo analisados para esclarecer os fatos. A polícia também investiga se a cachorra da família foi envenenada como teste para os assassinatos subsequentes.
O caso ganhou repercussão após a prisão de Elizabete e Luiz Antônio Garnica em maio, suspeitos da morte da cunhada Larissa Rodrigues, que ocorreu um mês depois, também por envenenamento.
Ambos negam as acusações, mas enfrentam denúncias por feminicídio e fraude processual. O inquérito aguarda a oitiva de testemunhas finais e os resultados das perícias para ser concluído.
