Polícia faz reconstituição de homicídio em Bebedouro; mulher segue presa e diz ter agido em legítima defesa

A suspeita, Jussara Luzia Fernandes, permanece presa e responde por homicídio e ocultação de cadáver

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Nando Medeiros
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Polícia faz reconstituição de homicídio em Bebedouro; mulher segue presa e diz ter agido em legítima defesa

A Polícia Civil realizou a reconstituição da morte de Alex Sandro da Silva Rocha, encontrado morto e enterrado no quintal da casa onde vivia com a namorada em Bebedouro. O crime ocorreu em 22 de outubro; segundo o delegado responsável, a vítima foi atingida por 72 facadas. A suspeita, Jussara Luzia Fernandes, permanece presa e responde por homicídio e ocultação de cadáver.

Durante a reconstituição, Jussara manteve a versão de que agiu em legítima defesa, afirmando que vinha sendo agredida por Alex. Ela também afirmou que o filho teria ajudado a puxar o corpo para fora da casa e orientou a movimentação dos fatos. A Polícia Civil, porém, diz não ter identificado imagens que confirmem a presença do filho no imóvel e classifica essa alegação como ponto de divergência na investigação.

Um terceiro envolvido, um homem que recebeu R$ 50 para cavar uma cova no quintal, também participou da reconstituição. Em depoimento anterior, ele negou saber a finalidade da vala; Jussara sustenta que o pagamento se deu sob a justificativa de que a cova seria para enterrar um cão de grande porte.

A Polícia aguarda o resultado do laudo toxicológico do corpo de Alex e a análise dos aparelhos apreendidos. Há suspeita de que ele tenha sido dopado antes de ser atacado. A mãe da vítima contestou a versão de legítima defesa, apontando a desproporcionalidade do crime, e a advogada da família afirma que depoimentos de testemunhas descrevem Jussara como agressora no relacionamento.

Os investigadores também reavaliam outro caso ligado à mesma residência: em janeiro deste ano, Walter Gilmar de Pádua Carneiro, de 65 anos, foi encontrado morto na piscina do imóvel. Na ocasião, a ocorrência foi registrada como morte suspeita por afogamento, e Jussara disse ter encontrado o corpo após uma entrega. Familiares relataram que Walter apresentou sintomas compatíveis com intoxicação dias antes da morte. A Polícia Civil já pediu autorização judicial para exumar o corpo de Walter e aguarda a liberação para dar continuidade às perícias.

As apurações seguem em andamento enquanto a Justiça analisa as provas colhidas no inquérito.