A Delegacia da Polícia Federal em Ribeirão Preto realizou ação da operação MEDJAY 4 que resultou no cumprimento de dois mandados de busca e apreensão em residências de Franca.
Equipamentos eletrônicos foram recolhidos e enviados para perícia. Segundo a corporação, as apurações tiveram início em 2017 a partir de uma denúncia que identificou grupos no WhatsApp dedicados ao compartilhamento de imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes.
Durante a investigação, a PF apontou que um dos alvos administrava um grupo que exigia o envio periódico de conteúdo ilícito, com participação, segundo os auditores, de integrantes no exterior.
Caso as hipóteses criminais sejam confirmadas, os investigados poderão responder por compartilhamento e armazenamento de material contendo abuso sexual infantil, previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, além de associação criminosa, crimes que podem resultar em pena de até 13 anos de reclusão.
Em nota, a Polícia Federal ressaltou os impactos duradouros do consumo e da circulação desse tipo de material e explicou a escolha do nome da operação: MEDJAY faz referência a uma elite de guerreiros do Egito antigo que atuavam como protetores dos vulneráveis, simbolizando o papel da corporação na defesa de crianças e adolescentes.
A PF também pediu a colaboração da população para denúncias, lembrando que cada informação pode interromper ciclos de abuso, e alertou pais e responsáveis sobre a importância de acompanhar o uso das redes sociais pelas crianças, orientar sobre riscos e identificar mudanças de comportamento.
As investigações seguem em andamento, com perícias e diligências complementares previstas pela equipe da Polícia Federal.